Letramento digital : desafios na formação universitária no curso de Letras da UEG-Campus Porangatu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Gersion Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/931
Resumo: Nesta pesquisa, objetivamos perceber em que medida os participantes ampliaram o entendimento de letramento digital a partir das discussões nas rodas de conversa a fim de verificarem se pensam ser capazes de atuar no desenvolvimento de eventos de letramento digital na sua futura ação docente. Trata-se de um estudo de natureza qualitativo interpretativista (FLICK, 2009), realizado com acadêmicos do curso de Letras. Sabemos que o processo de globalização acelerou ainda mais o desenvolvimento das tecnologias e impactou diretamente na vida social, cultural, política, econômica e educacional das pessoas. Portanto, na busca pela compreensão dessa complexa realidade do mundo hodierno, instauramos discussões de textos, passagens e citações, com o intuito de fazer com que os acadêmicos tenham ou ampliem o entendimento do letramento digital para atuar adequadamente com os recursos advindos das tecnologias digitais, ou pelo menos as considerem em suas práticas cotidianas. Esses pressupostos favorecem a problematização e, consequentemente, a aplicação de práticas pedagógicas adequadas para a produção de conhecimento, na tentativa de transformar a realidade dos sujeitos envolvidos e reverberar em ações efetivas. Ademais, o letramento digital é uma prática social culturalmente situada, que permite aos sujeitos fazerem a leitura do mundo e de si mesmos, respeitando suas subjetividades e identidades, ao mesmo tempo em que se valoriza a alteridade e a empatia. Assim, com as inovações no mercado de trabalho surge o conceito sociotécnico (SIGNORINI; CAVALCANTI, 2010) e, com ele, a ideia do design (COPE; KALANTZIS, 2000; LEFFA, 2017), o qual tem os seus efeitos amplificados pelos recursos da linguagem multimodal (COPE; KALANTIZ, 2009). Para compreender, então, os impactos das tecnologias recorremos à pedagogia dos multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2006; ROJO, 2012, 2013) e à teoria dos letramentos múltiplos (MASNY, 2010) – personificada no caráter plural das práticas, sempre processuais – e a contingencialidade instanciada pelo movimento de devir. Diante disso, surge o letramento digital (BUZATO, 2006; MONTE MÓR, 2017; SABOTA, 2017), que favorece o uso das tecnologias digitais para além do conceito instrumental e técnico ao permitir um posicionamento crítico reflexivo e de agência. Para tanto, com o intuito de desvelar práticas pedagógicas eficazes, trazemos as considerações de teóricos quanto à formação de professores em estágio inicial para as TDIC (BRAGA, 2007; MENEZES DE SOUZA, 2011; SABOTA, 2017), bem como o conceito de modernidade líquida (BAUMAN, 2001) e cultura digital (SANTAELLA, 2005, 2007). Ao analisar o material empírico, percebemos que os participantes apresentam uma aproximação quanto ao uso, o qual se dá mais de maneira instrumental e técnica e menos reflexiva. Já em relação ao conceito, há no grupo quem apresenta reflexão, problematizações e entendimento de acordo com o do que vem a ser o letramento digital.