Estrutura e diversidade do cerrado stricto sensu em beira de rodovias
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Produção Vegetal Brasil UEG Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Produção Vegetal (PPGPV) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/476 |
Resumo: | As rodovias acarretam um dos maiores impactos diretos e negativos ao ambiente, deve existir uma faixa entre a estrada e as propriedades próximas, podendo essas serem definida como Área de Preservação Permanente. Objetivou-se neste trabalho: 1) Avaliar a atual condição das comunidades arbóreas de cerrado presentes nas faixas non aedificandi, que sofrem impactos causados pelas rodovias e seu entorno; 2) Comparar a diversidade dos cerrados ao longo das rodovias, as possíveis diferenças florísticas e estruturais causadas por impactos antrópicos em relação a cerrados nativos e fornecer dados capazes de definir qual é o real valor das faixas non aedificandi para a conservação do bioma Cerrado. Com a hipótese de que as faixas non aedificandi oferecem subsídio para a conservação da vegetação nativa de Cerrado representando áreas conservadas. O estudo foi realizado nas faixas non aedificandi em quatro localizações: no noroeste do estado de Goiás (NO-GO) nas GO-164; GO-070 e GO-060, no sul do estado de Goiás (S-GO) na BR-153, na região sudeste do estado de Goiás (SE-GO), no decorrer das GO-330; GO-213 e BR-490 e no Triângulo Mineiro e Alto do Paranaíba em Minas Gerais (TRI) nas MG-190; MG-223; BR-365 e BR-352. Foram inventariadas apenas as margens das rodovias onde era presente a fitofisionomia de savana arbórea. Foram amostradas 100 parcelas de 50 x 10 m dispostas aleatoriamente, totalizando uma área amostral de 5 ha. Foram listados todos os indivíduos arbóreos lenhosos vivos com circunferência a 30 cm do solo iguais ou superiores a 15 cm. A classificação das espécies foi feita de acordo com o sistema APG III e os nomes específicos atualizados a partir do site the plant list. O levantamento florístico realizado nas quatro regiões, amostrou um total de 1663 indivíduos distribuídos em 163 espécies e 44 famílias. A família Fabaceae apresentou maior número de espécies (30), seguida por Bignoniaceae (17), Myrtaceae (13) e Malvaceae/Vochysiaceae (9). A média de indivíduos para as regiões NO-GO, TRI, SE-GO e S-GO foi de 504,44, 395, 307,69 e 151,03 ha-1 respectivamente. Das espécies encontradas em áreas conservadas, 76,3% foram encontradas nas margens de rodovias. A maior riqueza de espécies foi na área NO-GO com 103,33 ha-1 e a menor foi S-GO com 22,07 ha-1 . A curva de riqueza cumulativa não estabilizou para nenhuma área, exceto para S-GO. Apenas três espécies tiveram ocorrências nas 4 regiões: Aspidosperma macrocarpon Mart., Machaerium opacum Vogel e Platypodium elegans Vogel. As faixas vegetadas nas margens das rodovias formam pequenos habitats capazes de sustentarem uma diversidade semelhante à encontrada em áreas naturais, no entanto as espécies que suportam as perturbações podem ser bem diferentes em relação as de áreas nativa resultado do aumento da incidência de queimadas, tornando as espécies que possuem mecanismo de resistência mais frequentes nesse ambiente. |