Corpos vigiados : o panorama queer em Caio Fernando Abreu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mota, João Pedro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1633
Resumo: Resumo: A pesquisa teve como corpus central os contos de Caio Fernando Abreu, “Aqueles dois”; “Terça-feira gorda” e “Sargento Garcia”, presentes em “Morangos mofados” (1982) e o “Pequeno monstro”, publicado em “Os Dragões não conhecem o paraíso” (1988). Buscou-se discutir as relações homoeróticas a partir do viés da perspectiva queer, tendo em vista que alguns de seus contos tratam de assuntos relacionados à sexualidade e gênero, além de gerar ruptura com os modelos legitimados socialmente. Assim, a perspectiva queer procura incluir não só as questões sexuais ou de desejos sexuais, mas um amplo quadro de dinâmicas sociais, como discurso, comportamento, maneira de se vestir, violência etc. Em nosso primeiro capítulo é tratado a questão da contemporaneidade, e os desafios das produções contemporâneas que são atravessadas por questões da temporalidade como passado e futuro, em um fluxo contínuo sobre as demandas do presente, esse contexto do contemporâneo é importante pois, a partir desse pensamento, podemos adentrar aos estudos queer na vivência dos personagens do corpus central já citado, analisar as camadas que permeiam as vivências gays em suas diferentes formas e, a partir da perspectiva de diferentes sujeitos, em seu espaço e tempo específico, tendo em vista esse contexto histórico de cada um dos contos analisados, incluindo as questões que permeiam a masculinidade, a dominação, o poder e os padrões sociais. A violência é uma recorrente em meio a todo o processo, pois é vista de forma velada ou escancarada, seja por meio das vias de fato, como em “Terça-feira gorda”, ou por meio do contexto do militarismo e o ambiente austero do quartel. Para tanto, fundamentou-se a pesquisa a partir dos estudos de Giorgio Agamben (2009); Richard Miskolci (2012); Karl Erik Schollhammer (2009); Foucault (1967; 1988; 1987; 2005; 2008; 2017); Regina Dalcastagnè (2017); Judith Butler (2000); José Carlos Barcellos (2006); Mikhail Bakhtin (2002) e Jurandir Freire Costa (1992), dentre outros estudiosos que contribuem para este trabalho.