Efeito potencial das mudanças climáticas sobre as plantas medicinais do cerrado na América do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Leonardo Almeida Guerra dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Recursos Naturais
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1363
Resumo: No cenário de um mundo em constante transformação, fortemente influenciado pelas ações humanas, a biodiversidade enfrenta ameaças cada vez mais intensas. A perda significativa de espécies em ecossistemas terrestres e marinhos é uma preocupação evidente, resultado tanto das mudanças climáticas quanto das ações antrópicas. É crucial ressaltar que as mudanças climáticas têm o potencial de se tornarem a maior ameaça à biodiversidade. No entanto, mesmo diante das alterações climáticas, muitas espécies podem não conseguir se dispersar rapidamente o suficiente para evitar extinções locais. Para abordar esse desafio, utilizamos modelos de distribuição de espécies para analisar como as mudanças climáticas futuras podem influenciar a riqueza e a distribuição das espécies de plantas medicinais do Cerrado na América do Sul. Coletamos ocorrências e variáveis ambientais a partir de bancos de dados online e previmos as distribuições das espécies em três cenários e oito modelos de circulação atmosfera-oceano. Sequentemente avaliamos a eficácia dos modelos produzidos por meio da métrica de Jaccard. Os resultados mostraram um valor de Jaccard excelente para os modelos, e que as espécies estão com maior probabilidade de ocorrência na região do No entanto, em cenários futuros, notam-se perdas significativas de áreas adequadas, especialmente no Brasil. A redução variou de 50% a 64%, dependendo do cenário, com algumas espécies enfrentando situações críticas e possíveis extinções. O deslocamento dos centroides para regiões mais quentes, incluindo a floresta amazônica, sugere adaptação ecológica, mas também destaca desequilíbrios potenciais. Em suma, as mudanças climáticas representam uma ameaça à diversidade e distribuição dessas espécies, exigindo atenção e intervenções para preservação.