Estudo do potencial terapêutico dos triterpenos pentacíclicos ácido betulínico, ácido Ooeanólico e ácido ursólico no tratamento da obesidade em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Melo, Célio Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=68267
Resumo: A obesidade é uma epidemia global, com uma prevalência crescente tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Está associada a uma carga considerável de problemas de saúde e um risco aumentado para doença arterial coronariana e síndrome metabólica. O vasto potencial da natureza para o tratamento da obesidade ainda não foi totalmente explorado, embora alguns estudos científicos tenham descrito efeitos benéficos de inumeráveis fitoquímicos. Atualmente, a classe de compostos químicos conhecidos como terpenos tem sido o foco de maior atenção por apresentarem uma grande variedade de ações bioquímicas e farmacológicas capazes de reduzir o excesso de gordura corporal e prevenir a diabetes e doenças cardíacas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o provável efeito antiobesidade dos triterpenos pentacíclicos ácido betulínico (AB), ácido ursólico (AU) e ácido oleanólico (AO), isolados de plantas medicinais tradicionais do Norte e Nordeste do Brasil. Os camundongos foram alimentados com dietas normocalórica ou hipercalórica e tratados simultaneamente com as drogas na concentração de 50 mg/L ad libitum durante 15 semanas. Semanalmente o peso corporal e diariamente o consumo de água e alimentos foram registrados e, ao final deste período, amostras de sangue heparinizado foram coletadas para determinação dos exames laboratoriais (glicemia, GLI; colesterol total, CT; HDL-Colesterol, HDL-C; triglicerídios, TG; grelina; leptina; insulina; α-amilase; lipase; aspartato aminotransferase, AST; alanina aminotransferase, ALT e fosfatase alcalina, ALP). No segundo protocolo, após indução da obesidade os animais foram tratados durante 15 dias com AB, AU e AO na dose de 10 mg/kg por gavagem. No final, as amostras de sangue heparinizado foram coletadas para analisar os níveis séricos de GLI, HDL-C, CT, TG, α-amilase, lipase e insulina. No terceiro experimento, os camundongos foram submetidos à dieta normocalórica e tratados simultaneamente com as drogas na concentração de 50 mg/L ad libitum durante 4 semanas. O mesmo processo utilizado no segundo experimento foi repetido para obter amostras de sangue para determinação de parâmetros bioquímicos. Os dados foram expressos como média ± erro padrão da média (EPM), adotando como significativos os resultados que apresentaram p<0,05 (ANOVA e pós-teste de Tukey). No primeiro modelo experimental, a dieta hiperlipidêmica e hipercalórica promoveu obesidade em camundongos e mostraram uma elevação significativa no peso corporal equivalente a 23,82% quando comparado com animais alimentados com dieta padrão. Os resultados mostraram redução na GLI, CT, TG e nos níveis séricos de grelina e aumento do HDL-C, níveis de insulina e leptina, além de inibição da atividade da α-amilase e da lipase. Animais tratados com triterpenos melhoraram significativamente estas alterações metabólicas e deposição de gordura corporal excessiva em relação aos animais que receberam apenas dieta hipercalórica. AB, AU e AO preveniram alterações no fígado e nos adipócitos induzidas pela dieta hipercalórica. Camundongos tratados com triterpenos via oral, após a indução da obesidade, apresentaram uma redução nos níveis séricos de GLI, CT e TG, bem como a inibição da atividade da α-amilase e da lipase. No terceiro protocolo, AB, AU e AO reduziram as taxas de glicose dos animais alimentados com dieta padrão. AB foi eficiente em diminuir os valores de CT. Os resultados deste estudo indicam que AB, AU e AO em doses não-tóxicas inibiram o desenvolvimento da obesidade visceral e melhoraram a dislipidemia e hiperglicemia. Palavras-chaves: obesidade, distúrbios metabólicos, dieta, camundongos.