Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
ABDON, ANA PAULA VASCONCELLOS |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88351
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Resumo: |
A frutalina (FTL), lectina α-D-Galactose ligante, é obtida das sementes de Artocarpus incisa L. Estudos têm demonstrado que a frutalina apresenta uma diversidade de atividades biológicas, auxiliando no diagnóstico de neoplasias e na modulação de linfócitos e neutrófilos. Este estudo objetivou investigar o efeito gastroprotetor da frutalina em modelos experimentais de lesão gástrica, buscando analisar seus mecanismos de ação. Realizou-se pesquisa experimental na qual a lesão gástrica foi induzida pela administração de etanol 96% (0,2 mL, por via oral), indometacina (30 mg/kg, por via oral) ou composto 48/80 (0,75 mg/kg, por via intraperitoneal). Os camundongos Swiss albinos, machos ou fêmeas (20-30g) foram pré-tratados com FTL (0,25, 0,5 e 1 mg/kg, i.p.), cimetidina (100 mg/kg; v.o.), ou veículo (0,9% de NaCl, 10 mL/kg; v.o.), 30 minutos ou 1 hora antes da administração do agente agressor. Após 30 minutos da indução, os animais foram sacrificados, os estômagos retirados e abertos ao longo da grande curvatura. As áreas total e lesionada (mm2) foram determinadas por planimetria, sendo que a atividade gastroprotetora foi avaliada em relação à inibição da área de lesão gástrica em percentual. Para estudar o mecanismo gastroprotetor da FTL, analisou-se o envolvimento das fibras sensíveis a capsaicina, prostaglandinas endógenas, óxido nítrico, grupamentos sulfidrílicos não-proteícos, canais de potássio sensíveis ao ATP, adrenoceptores, receptores opióides, de canais de cálcio e do domínio lectínico. Investigou-se também o efeito da FTL no esvaziamento gástrico e no trânsito intestinal. O efeito da FTL sobre o estresse oxidativo causado pelo etanol foi verificado através dos níveis de grupamentos sulfidrílicos não-proteícos (NP-SH) e malonildealdeído (MDA) da mucosa gástrica. O dano ao DNA genômico (DNAg) do tecido gástrico induzido por etanol foi avaliado por eletroforese. A atividade gastroprotetora foi avaliada também morfologicamente por microscopia ótica, eletrônica de varredura e de força atômica. FTL (0,5 mg/kg) proporcionou efeito gastroprotetor contra o dano causado por etanol, com redução de 68,0% na área de lesão quando comparado ao controle (p<0,001). Observou-se que a gastroproteção por FTL foi inibida nos animais pré-tratados com capsazepina, indometacina, L-NAME, verapamil, naloxona ou pelo complexo frutalina associada a D-galactose. O pré-tratamento com FTL (0,5 mg/kg) não alterou o esvaziamento gástrico e nem o trânsito intestinal. Também não preveniu as alterações induzidas por etanol nos níveis de NP-SH e MDA. Na indução da lesão por indometacina, FTL (0,25 mg/kg e 0,5 mg/kg) apresentou efeito gastroprotetor. Entretanto, FTL não inibiu a lesão gástrica induzida pelo composto 48/80. FTL não minimizou o dano causado ao DNAg. Microscopicamente, FTL (0,5 mg/kg) e cimetidina apresentaram atividade gastroprotetora, promovendo redução do dano causado pelo etanol e preservação das estruturas da mucosa e submucosa. Considerando os resultados, sugere-se que a FTL tem o potencial gastroprotetor na lesão induzida por etanol e indometacina, relacionado as fibras aferentes sensíveis à capsaicina, as prostaglandinas endógenas, óxido nítrico, receptores opióides, canais de cálcio e dependente do domínio lectínico; podendo ser um eficaz agente terapêutico para o tratamento da úlcera gástrica.<br/>Descritores: Artocarpus incisa; Frutalina; Gastroproteção; Mecanismos de ação. |