Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Euza Raquel de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=59885
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Resumo: |
O gênero historiográfico dos humanistas cívicos renascentistas e a sua retomada da concepção ciceroniana de história magister vitae influenciaram profundamente a reflexão de Nicolau Maquiavel (1469-1527) ao justificar a utilidade da História. Aliando o fecundo diálogo com os autores antigos à longa experiência do mundo moderno, Maquiavel retomou o gênero pragmático de Políbios e criticou a concepção de imitação da literatura clássica feitas pelos humanistas. Desse modo, ele identificou uma finalidade prática nos estudos históricos com base na reflexão sobre as ações políticas dos grandes homens da história, pois essas ações são tomadas como exemplos que servem de remédio para sanar os males do presente. Isso porque os homens sábios e prudentes podem, valendo-se dos estudos históricos, perceberem certa uniformidade existente na natureza dos homens e dos povos. Algo que torna possível certa capacidade de prever determinadas circunstâncias, fortalecendo assim a virtü diante da imprevisibilidade da fortuna e também possibilita uma ação política eficaz. Os estudos históricos são, portanto, indissociáveis do conhecimento político, pois demonstram não ser apenas a natureza humana ou a fortuna as destruidoras das ordens civis. O que destrói tais ordens é também a negligência dos homens públicos para com esses estudos históricos, pois essa negligência não os permite a compreensão da importância de se canalizar os conflitos entre os dois humores que constituem as cidades e de se reduzir, quando necessário, a bondade {bontà) das ordens civis ao vigor inicial delas. Apenas essa redução ao vigor inicial e os exemplos de virtù dos grandes homens podem ajudar na luta contra a corrupção, a qual todas as ordens civis estão sujeitas. Daí ser fundamental a leitura das histórias para o conhecimento político, dada a existência de uma articulação entre história e política: herdeira quer da reflexão humanista que prioriza a vida associada, quer do seu projeto cívico de formação para o homem público.Palavras-chave: Política, História, Humanismo, Retórica, Vida Civil, Exemplo. |