Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Diva Mercedes Machado Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113832
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Resumo: |
Esta escrita sintetiza a minha experiência de pesquisa, refletida na capacidade humana de invenção e enfrentamento às adversidades, através da história de mulheres que adotaram o bordado labirinto e o bordado richelieu como atividade produtiva cearense em meados do século XX. As práticas com o bordado surgiram em função não somente da necessidade humana de suprir sua carência material, mas como uma forma de linguagem, de expressão de si, de representação do outro, no tempo e no espaço. Da tradição à constituição de novos sujeitos, como no caso das bordadeiras cearenses e madeirenses, as trocas de saberes foram influenciadas por interesses comerciais de agentes que alteraram sua dinâmica de criação e, portanto, de subjetivação. Sendo o bordado repassado entre gerações, sobrevivente a questões sociais, é aqui tomado como objeto de solução, assim como testemunha dos modos de sujeição, sendo, portanto, passíveis de análise. Para tanto, recorri à História Oral como metodologia de pesquisa, justificada em seu caráter transdisciplinar e agregador para construção do conhecimento, constituído na escuta de narrativas, tomada como elemento central para a reconstituição da dignidade das práticas culturais do bordado e de suas artífices, de modo a compreender sua memória social associada ao tempo em seu caráter coletivo e relacionada ao momento presente de suas vidas. Como forma de compreensão identitária de suas histórias de vida, sua arte foi analisada mediante documentos escritos e visuais, lidos à luz da História Comparada e Conectada. Esta dissertação é, portanto, uma forma de comunicar e documentar o resultado desse estudo, assim como de contribuir para o entusiasmo na ampliação de questionamentos e pesquisas sobre a arte do dizer e do fazer de bordadeiras, sobretudo em seu papel de artífice na velhice, os quais são imprescindíveis na manutenção das relações e dos afetos, construtores de memória e identidade coletiva. |