Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Sabrina Magalhães Pedrosa Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71192
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Resumo: |
Um dos impactos mais significativos, advindos do parto prematuro, para o binômio mãe-filho é a interferência na formação do vínculo afetivo. Uma das práticas mais importantes para essa aproximação é o aleitamento materno. Para o recém-nascido prematuro iniciar a alimentação diretamente ao seio da mãe, na maioria das vezes, não é possível. Neste contexto, no período de internação do bebê na unidade de terapia neonatal, a mãe percebe que diante da impossibilidade de amamentar uma atividade que efetivamente colabora para recuperação do bebê é a ordenha do leite. Os objetivos da pesquisa foram conhecer a vivência materna durante o processo de lactação e amamentação de recém-nascidos prematuros; identificar a percepção das mães destes recém-nascidos prematuros quanto à assistência dos profissionais de saúde no processo de amamentação no período de internação e sistematizar as ações dos profissionais de saúde para o incentivo e a promoção do aleitamento materno durante a hospitalização do recém-nascido prematuro na unidade neonatal, tendo como produto um protocolo clínico. A pesquisa do tipo exploratório e descritiva, a partir da abordagem qualitativa. Desenvolvida em uma maternidade de grande porte, que realiza atendimento terciário, integrante da rede pública federal de saúde. Os participantes do estudo foram seis duplas mães/bebês prematuros hospitalizados na unidade de terapia intensiva neonatal e/ou na unidade de cuidados intermediários e oito profissionais de saúde que atuavam na unidade neonatal e na sala de apoio ao aleitamento materno. Acompanhamos o grupo de mães de forma longitudinal, por um período de quinze dias e durante este período, foi preenchida uma planilha com dados de identificação da puérpera, sociodemográficos, informações sobre o pré-natal, parto, sobre o recém-nascido e registradas informações relativas à frequência de visitas diárias dessas mães à unidade. Em seguida, realizamos entrevista semiestruturada com cada mãe, na qual investigamos como estava vivenciando a amamentação do filho e o que essa mãe considerava como facilidade e dificuldade para a manutenção da produção de leite durante o internamento do bebê. E, a última etapa foi a aplicação de um questionário com os profissionais de saúde. As informações foram coletadas a partir da segunda quinzena do mês de julho de 2011 e encerradas em outubro, quando o último profissional de saúde devolveu o questionário sobre a atuação para o estímulo do aleitamento materno na unidade neonatal. As informações de cunho qualitativo foram analisadas a partir da perspectiva crítica e reflexiva, através da análise de conteúdo, proposta por Minayo. Os resultados indicaram que a vivência das mães revelou que os benefícios do leite materno para o filho prematuro foram vistos como necessidades prioritárias para assegurar melhores condições de crescimento e desenvolvimento. As mães do estudo demonstraram satisfação com o apoio dado pelos profissionais de saúde, sentiram-se acolhidas, motivadas e receberam as orientações necessárias para realizarem a prática da ordenha manual. Entretanto, apesar do fator humano, as lactantes não se sentiram confortáveis com a estrutura física da instituição pesquisada, o que não proporcionou adequada acomodação. A interferência do ambiente familiar, da crença do"leite fraco" e do "pouco leite" foi percebida através das entrevistas realizadas no domicílio, pois as mães deste grupo já haviam introduzido leite artificial na dieta dos bebês. A distância de casa e a abdicação do desempenho dos vários papéis sociais foram fatores que interferiram na manutenção da lactação das mães do estudo, mostrando a relação íntima das condições concretas de vida com a produção de leite. O resultado desta investigação foi a elaboração de um protocolo clínico para direcionar as ações da equipe de saúde, que atuam na unidade neonatal, quanto ao estímulo para a lactação e amamentação, articulando as necessidades maternas com as rotinas hospitalares. Palavras-chave: Aleitamento Materno. Lactação. Prematuros. |