Acesso Aos Servicos Clinicos de Saude Bucal do Programa Saude da Familia Em...

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Olinda, Beatriz Militao
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=37468
Resumo: O presente estudo analisou caracteristicas e condicoes de acesso aos servicos clinicos de Saude Bucal na Atencao Basica, sob o ponto de vista dos dentistas que compunham as Equipes do Programa saude da Familia, em municipios da regiao metropolitana de Fortaleza, estado do Ceara, no ano de 2005. Tratou-se de uma pesquisa avaliativa, transversal, de carater exploratorio e de natureza predominantemente quantitativa. A populacao do estudo foi composta pelos coordenadores municipais de Saude Bucal e por 46 dentistas das Equipes de Saude Bucal dos municipios pesquisados. Como principais resultados, observou-se uma heterogeneidade na forma de organizacao do acesso aos servicos, com certas semelhancas em um mesmo municipio. Dos dentistas entrevistados, 82,6% classificaram o acesso como "bom" ou "otimo" e, 69,6%, consideraram a unidade confortavel para os usuarios. Quanto a cobertura, constatou-se que 61% das equipes eram responsaveis, cada uma, por mais de 4.000 habitantes, sendo que, em 85% destas, nao havia tecnico de higiene dental em sua composicao e, em 24%, nao havia instrumental suficiente para o atendimento dos pacientes do turno. A maior parte das equipes (78%) utilizava mais de 85% do seu tempo de trabalho para o atendimento clinico. Foram evidenciadas algumas inovacoes na forma de organizacao do acesso, tais como: a marcacao de consultas atraves dos agentes comunitarios de saude; o agendamento por micro-area; a "demanda agendada"; a triagem de pacientes nas escolas e em outros eventos de saude do municipio; e o cartao de retorno com um ano. Observou-se, ainda, a prodominancia no atendimento da demanda espontanea, sem um pre-agendamento das consultas; um longo tempo de espera nas undades para agendamento e atendimento; o pouco conhecimento da situacao epidemiologica de cada territorio adscrito; e o horario nao flexivel para o atendimento dos trabalhadores. Portanto, apesar do esforco para a ampliacao do acesso aos servicos clinicos odontologicos, constatou-se, ainda, um conjunto de barreiras estruturais, organizacionais e tecnologicas, que dificultam o acesso dos usuarios aos servicos de Saude Bucal do Programa Saude da Familia. Tais restricoes de acesso estao associadas tanto ao primeiro contato, quanto a continuidade da Atencao Basica em Saude Bucal.