O agente comunitário de saúde em Fortaleza: vivências profissionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lessa, Maria das Graças Guerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111638
Resumo: <span style="mso-spacerun:'yes';font-size:10.08pt;font-family:Arial;color:rgb(0,0,0);">O Programa Saúde da Família (PSF) surgiu como um programa nacional no contexto da&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">reestruturação do sistema público de saúde no Brasil, propondo um modelo de atenção à saúde da&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">população de forma a possibilitar o acesso universal e contínuo aos serviços, preconizando os&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS): universalização, equidade,&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">descentralização, integralidade e participação da comunidade. Atualmente a nomenclatura é&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">Estratégia Saúde da Família (ESF). Este trabalho procurou compreender como o Agente Comunitário&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">de Saúde, que é um dos integrantes da ESF, desenvolve suas das atividades cotidianas e como&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">essas podem contribuir e/ou influenciar na implementação, no fortalecimento e na manutenção de&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">uma política pública de saúde em uma cidade de grande porte. Viu-se a necessidade de&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">compreender, a partir do Agente Comunitário de Saúde (ACS), qual o sentido de sua atuação, o seu&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">papel dentro de um campo&nbsp; onde atuam profissionais diversos, tais como médicos, enfermeiros,&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">cirurgiões dentistas, dentre outros. Diante do exposto, procuramos compreender como o ACS&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">estabelece espaços de negociação, no cotidiano de trabalho, tanto com a equipe de ESF, como com&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">a comunidade por ele assistida; como percebe seu trabalho dentro da equipe de ESF enquanto&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">sujeito de articulação da comunidade com o sistema de saúde local, verificando as funções (previstas&nbsp;&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">e praticadas) e formas de atuação do ACS na ESF. A metodologia utilizada, de natureza qualitativa,&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">teve inspiração na etnografia tendo sido utilizado como ferramentas essenciais observação direta no&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">campo por ocasião do acompanhamento de uma ACS, entrevistas semiestruturadas com outros ACS&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">e com uma gestora, além de pesquisa documental e bibliográfica sobre o tema. Em uma cidade como&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">Fortaleza, apresentam-se alguns obstáculos para o desenvolvimento do trabalho do ACS: falta de&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">coesão entre a equipe de trabalho, falta de apoio institucional e o contexto de violência de uma&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">metrópole. Verificou-se também, que o ACS realiza as atividades que são preconizadas pelo&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">Ministério da Saúde, adequando-se às condições de cada área. O fato de ser um morador do mesmo&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">local onde trabalha tem aspectos positivos como contar com a boa vontade dos moradores para&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">realizar seu trabalho por conta da confiança desenvolvida; e aspectos negativos, como invasão de&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">privacidade. Mesmo em se tratando de uma grande cidade e apresentando diversas características&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">adversas à realização do trabalho do ACS, no interior das comunidades, as características são&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">similares às características de cidades pequenas, como a intimidade entre os moradores que&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">proporciona estreitamento de confiança, o que conta positivamente para o desenvolvimento do&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">trabalho desse profissional.&nbsp;</span><span style="font-size: 10.08pt; font-family: Arial; font-weight: bold;">Palavras-chave: </span><span style="font-size: 10.08pt; font-family: Arial;">Agente Comunitário de Saúde. Estratégia Saúde da Família. Políticas Públicas de&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 10.08pt;">Saúde.</span>