Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Francisco Sydney Henrique Da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109472
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Resumo: |
Diabetes mellitus (DM) é um disfunção metabólica crônica, caracterizada por um quadro clínico de hiperglicemia, é uma das doenças mundialmente mais prevalentes em adultos, As previsões de sua incidência são de aumentos alarmantes a nível global. Dentre suas complicações microvasculares, como: neuropatia, retinopatia, nefropatia e isquemia destaca-se a cicatrização prejudicada, afetando principalmente membro inferiores. Tal condição é responsável pelo o aumento de casos de amputações. Condições como, produção aumentada de espécies reativas de oxigênio, depleção do óxido nítrico, quadro inflamatório prolongado, menor resposta das atividades dos fatores de crescimento e de proteínas sinalizadoras de insulina, são fatores envolvidos no processo de reparo tecidual lento em indivíduos diabéticos. Apesar de disponíveis métodos terapêuticos, o tratamento de feridas crônicas representa um desafio para profissionais e para o sistema de saúde. No contexto de haver outras formas de tratamento tópicos, os produtos naturais surgem como alternativa promissora para o manejo terapêutico de úlceras crônicas. Os óleos essenciais (OEs) são compostos naturais que são estudados pela comunidade científica devido aos seus potenciais terapêuticos de seus constituites já elucidados. O Carveol (CV) é um monoterpeno enconrado em OEs, com aplicabilidades farmacologicas já descritas, como ação hipoglicemiante, antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiano. Tais propriedades, torna o CV um agente cicatrizante promissor no tratameno de feridas diabéticas. Desse modo, o presente estudo objetivou-se analisar sua ação cicatricial em feridas induzidas em ratos diabeticos. Para tanto, foi elaborado um creme de uso tópico à base de CV nas concentrações de 10 e 30 mg/mL Utilizou-se um teste pré-clínico, constituído pelas seguintes etapas: definição dos animais com as características necessárias para o experimento; indução do diabetes com estreptozotocina (STZ); tricotomia e indução da ferida cutânea após 30 dias de DM. Protocolo de tratamento: Os animais foram distribuídos em dois grandes grupos: grupo controle e grupo carveol, posteriormentem estes grupos se subdividiram em seis grupos, a saber: grupo controle pluronic (CT-PLU), grupo controle tratado com CV na concentração de 10mg/ml (CT-CV10), grupo controle tratado com CV na concentração de 30mg/ml (CT-CV30), grupo diabétio pluronico (DM-PLU), grupo diabético tratado com CV na concentração de 10mg/ml (DM-CV10) e grupo diabético tratado com CV na concentração de 30mg/ml (DM-CV30). Cada grupo conteve 6 animais que foram tratados diariamente por 14 dias. Para todos os grupos foi utilizado a quantidade padrão de 100ul de pluronic ou 100ul do gel à base de CV (10 e 30). Após o fim do período de tratamento os animais foram eutanasiados por inalação de CO2. Foi realizado registros de imagens para mensuração da área de contração da ferida e índice de cicatrização por meio de um software. O tecido foi dissecado para análises histológicas, dosagem de CAT, Tiol e TBARS. Os animais induzidos ao diabetes apresentaram o sinais clássicos da doença tendo hiperglicemia (de 99,66 ± 0,42 para 393,5 ± 3,01mg/dL), polidipsia (de 21,33 ± 0,33 para 58,66 ± 3,34ml/dia), polifagia (de 16,00 ± 0,36 para 34,66 ± 1,58g/dia) e perda de peso (214,16 ± 0,98 para 206 ± 1,06g de massa corporal). O CV reduziu a polifagia dos animais diabéticos. Essa redução foi significativa para as concentrações de 10 e 30 mg/ml. No acompanhamento do fechamento da ferida e índice de cicatrização o carveol, este aumentou a cicatrização nos animais diabéticos e não diabéticos, ou seja, o tratamento aumentou o índice de cicatrização, que ao final resultou em uma menor área de ferida. Na microscopia, todas as feridas apresentaram total reepitelização, ausência de infiltrado inflamatório, com células fibroblástcas. Nos grupos controles tratado com CV notou-se presença de fibras de colágeno mais espessas. Nos grupos DM tratado com CV notou-se maior celularidade no tecido conjuntivo e maior número de fibras de colágeno. O CV melhorou a atividade antioxidante ao aumentar os níveis de tios e CAT e diminuir os níveis de malondialdeído pelo marcador TBARS, bem como atuou em benefício da arquitetura celular. Indicando ser uma biomolécula que contribui para o processo de cicatrização de feridas diabéticas. Palavras-chave: Diabetes. Cicatrização. Feridas crônicas. Produtos naturais. Carveol |