Criação de um chatbot com orientações de cuidado para crianças submetidas ao transplante renal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barbosa, Aglauvanir Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113425
Resumo: A Doença renal crônica é uma condição de saúde definida pela diminuição persistente da função renal, medida pela taxa de filtração glomerular inferior a 60 mL/min/1,73m². Logo, a prevalência da doença apresenta sérios riscos à saúde, aumentando a associação com outras doenças como diabetes, hipertensão e obesidade. O objetivo primário do estudo foi desenvolver um protótipo de sistema de teleconsultoria do tipo Chatbot, com orientação para guiar famílias e crianças após o transplante renal. Sendo um estudo descritivo e exploratório, de natureza metodológica, com a proposta de construção e validação de uma tecnologia de intervenção educativa para famílias e crianças transplantada de rim, com base em cuidados preventivos de promoção e proteção à saúde. O estudo foi desenvolvido no município de Fortaleza, capital do estado do Ceará, no Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará. O período delimitado para a criação e validação da tecnologia foi entre os anos de 2022 - 2024. A coleta de dados ocorreu em fases distintas: elaboração de uma revisão sistemática, levantamento epidemiológico, criação das falas e da tecnologia, validação de conteúdo e layout, e elaboração da versão final do Chatbot. A seleção dos juízes/especialistas que participaram do estudo ocorreu por conveniência. Acerca da análise dos dados, foi utilizado um instrumento de validação de conteúdo em saúde. Posteriormente, os dados foram transcritos e tabulados em uma planilha do programa Excel do Windows XP Profissional e organizados em tabelas, que foram exportadas para o SPSS, versão 19.0. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará e recebeu Parecer favorável com o número 6.027.051. Em seguida teve início a etapa de criação da Nina, nesse momento um profissional da área de sistemas de informação foi contratado para auxiliar essa etapa prática do desenvolvimento do Chatbot. Primeiro foi construído um workflow e fluxograma minucioso com os tópicos e posterior foi elaborado os textos das falas. A lógica da conversa da Nina foi construída em torno de 07 tópicos numéricos principais para simplificar a compreensão e a gestão das informações. Onde cada número corresponde a um aspecto específico de cuidados na doença renal, seja durante o tratamento ou processo de transplante. Isso permitiu uma abordagem estruturada e fácil de seguir para as famílias e crianças, mantendo a conversa clara e direcionada. Na sequência foi iniciado a formulação das informações para compor cada tópico do Chatbot, e para isso foram utilizados como bases de referências fontes nacionais de Órgãos ligados ao Ministério da Saúde. Essa etapa de análise e aprofundamento no material selecionado permitiu uma compreensão mais abrangente das informações pertinentes ao tema em estudo, proporcionando uma base robusta para a fundamentação teórica e prática da pesquisa em questão. Posteriormente a construção do conteúdo, realizou-se sua validação por especialistas na área de doença renal/transplante. O instrumento de validação foi enviado para 21 profissionais de saúde, via correio eletrônico, porém apenas nove devolveram o instrumento com as respostas em tempo hábil. De modo geral, os especialistas propuseram sugestões em relação aos objetivos do conteúdo, tais como: mudanças de termos científicos de difícil compreensão, uso de uma linguagem mais simples, com frases curtas e objetivas. Ademais, a avaliação do conteúdo do instrumento pelos especialistas constatou que os 18 itens do instrumento obtiveram escores de validade maior ou igual a 0,80 (100%). Ao final das análises individuais de cada item, pôde se verificar a análise de conteúdo do Chatbot na sua totalidade, conferindo um índice com valor um (1) para o instrumento elaborado, o que conferiu a validade de conteúdo ao Chatbot desenvolvido. O desenvolvimento de um protótipo de sistema de teleconsultoria do tipo Chatbot para orientar famílias e crianças após o transplante renal representa uma abordagem inovadora e promissora, apoiada por evidências científicas. O Brasil, com sua vasta extensão territorial e áreas remotas, enfrenta desafios significativos na oferta de assistência médica a todas as regiões. Nesse contexto, a telemedicina surge como uma solução promissora para superar barreiras geográficas e temporais, permitindo o acesso a cuidados de saúde de qualidade a distância. A integração de Chatbots na assistência ao transplante renal tem o potencial de oferecer orientações personalizadas e informações relevantes, atendendo às necessidades das famílias e crianças transplantadas. A literatura destaca que a integração de Chatbots na assistência ao transplante renal pode oferecer possibilidades transformadoras, atuando como uma ferramenta de suporte à decisão clínica e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e melhores resultados para os pacientes. Ressalta-se que ao criar esse protótipo, foi possível vislumbrar um futuro onde a tecnologia desempenha um papel fundamental na assistência pós-transplante, oferecendo um canal acessível, contínuo e adaptável para esclarecer dúvidas, fornecer diretrizes e promover uma melhor adesão ao tratamento. A integração de um Chatbot nesse contexto oferece a possibilidade de respostas rápidas e personalizadas, além de um acompanhamento mais próximo, contribuindo para a saúde física e mental das crianças transplantadas e de suas famílias, sendo um aliado da equipe de saúde no processo de ensino-aprendizagem por parte dos pacientes e famílias.