Influência do estado nutricional sobre o desempenho reprodutivo pós-parto de cabras Anglo-Nubiana criadas extensivamente no nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Liliane Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=58656
Resumo: Foram utilizadas 30 cabras adultas, pluríparas e gestantes, mantidas em sistema semi-extensivo e classificadas ao parto em dois grupos de condição corporal. ECI (n = 16), com escore de 2,7 ± 0,07 e grupo ECU (n = 14), de 2,0 ± 0,07. Todas as cabras receberam um suplemento alimentar a base de silagem de sorgo e concentrado comercial, em quantidade da satisfazer 0,93 vezes os requerimentos energéticos para início da lactação. Durante 45 dias após o parto, as cabras foram pesadas e avaliadas pela condição de escore corporal (EC). Os cabritos permaneceram junto com as mães e desmamados aos 40 dias de idade. Aos cinquenta dias pós-parto, as fêmeas tiveram o estro induzido com uso do CEDR durante 5 dias. No momento da remoção do dispositivo (Dia 0) as cabras receberam 1 mL via IM de PGF2C1 e submetidas a monta natural durante 72 horas. Amostras de sangue foram coletadas no dia 0 e nos dias 1, 4, 8 e 21 após a remoção do CIDR para dosagem de progesterona. O diagnóstico de gestação foi realizado 30 dias após a monta natural, através de ultrassonografia transretal. Durante o pós-parto o grupo ECI relatou uma maior queda de massa corporal (13%) contra os 10% do grupo ECU (p < 0,05). O escore aos 42 dias pós-parto foi de 1,9 ± 0,07 e 1,6 ± 0,06 no grupo ECI e ECU respectivamente (p < 0,05). Ao nascimento o peso vivo das crias foi estatisticamente similar (p > 0,05), entretanto no desmame as crias do grupo ECI tiveram um desempenho superior ao ECU (p < 0,001). Todos os animais (100%) foram positivos a monta, entretanto a taxa de gestação foi maior no grupo ECI em relação ao ECU (87% vs. 36% p < 0,05). A prolificidade mostrou-se similar entre os grupos com media de 1,53 ± 0,10 (p > 0,05), mas os animais do ECI relataram uma maior taxa de partos múltiplos (0,62 vs. 0,25 p < 0,05). No dia 0 a progesterona foi superior (p < 0,05) nos animais gestantes do ECI em relação aos demais grupos. Foram encontradas correlações positivas entre EC ao parto e progesterona ao dia 0 (0,57 p < 0,01) e 21 dias (0,47 p < 0,05), bem como entre EC e progesterona medidos aos 21 dias (0,51 p < 0,05), e entre as progesterona do dia 0 e 21 (0,39 p < 0,05). Diante disso, podemos concluir que a resposta à sincronização no pós-parto se mostrou independente do balanço energético, enquanto que, a taxa de gestação se reduz em animais com baixas condições corporais. E finalmente, as concentrações de progesterona são um eficiente sinalizador entre estado nutricional e resposta reprodutiva pós-parto em cabras. Palavras-chave: Caprino. Escore Corporal. Sincronização do Estro. Taxa de Gestação. Progesterona.