O PROCESSO DE LEGITIMAÇÃO DISCURSIVA DO GOLPE DE 2016 PELA GRANDE MÍDIA: UMA ANÁLISE DE DISCURSO CRÍTICA NAS REVISTAS VEJA E ÉPOCA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, ANTONIO EDSON ALVES DA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94773
Resumo: O presente trabalho analisa as estratégias de uso da linguagem na forma de construção de sentido acerca do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016. Entretanto, trata-se esse evento, apoiando-se em Souza (2016), Guerra (2017) e Rovai (2016), como sendo um golpe político, jurídico e midiático contra as instituições democráticas brasileiras. Sendo assim, o objetivo geral desta dissertação é analisar o processo de legitimação discursiva do Golpe de 2016, nas revistas Veja e Época, tendo em vista o significado acional, com as ocorrências de intertextualidade; o significado identificacional, com as ocorrências de avaliação; e o significado representacional, com as ocorrências de modalidade. Para tanto, toma-se como referencial teórico principal, a Análise de Discurso Crítica (ADC), de Norman Fairclough (2001; 2003) e Chouliaraki e Fairclough (1999), além de um diálogo multidisciplinar, principalmente, com o pensamento de teóricos das ciências sociais como Jessé de Souza. Apropriando-se do enquadre teórico-metodológico da Análise de Discurso Crítica, este trabalho assume natureza qualitativa e interpretativista. O corpus selecionado para a pesquisa é constituído de quatro artigos de opinião circulados pela grande mídia hegemônica, principalmente, no período em que perdurou o processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff. O processo investigativo organiza-se em cinco etapas, que segue da análise da conjuntura do golpe à síntese do observado. Ao fim, as principais reflexões apontam-se para o entendimento de que a mídia brasileira contribuiu efetivamente para a legitimação do Golpe de 2016, tendo em vista as ideologias políticas da direita e o pensamento das grandes corporações que orientaram sua postura condenatória acerca dos governos petistas.<br/>Palavras-chave: Discurso. Mídia. Golpe de 2016.