Bodesinas: espermadesinas codificadas por genes da vesícula seminal de caprinos domésticos (Capra hircus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Teixeira, Dárcio Ítalo Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=36374
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">O plasma seminal de mamíferos contêm entre outras, proteínas denominadas espermadesinas, as quais são as proteínas majoritárias do plasma seminal de suínos e equinos. Estas proteínas parecem estar envolvidas na capacitação espermática e na interação espermatozóide-oócito. Previamente, foi relatada a presença de uma proteína relacionada às espermadesinas no plasma seminal de caprinos. Este trabalho foi executado em duas etapas com diferentes objetivos. Na primeira etapa, foram realizados estudos aprofundados sobre esta proteína e foi proposta a técnica de cromatografia de troca iônica para obtenção desta proteína seminal. Na segunda etapa, objetivou-se encontrar o gene que codifica a espermadesina caprina. O plasma seminal de quatro bodes Saanen adultos foi agrupado e dializado contra água destilada e congelado. Proteínas liofilizadas foram inseridas em uma coluna de cromatografia de troca iônica. Proteínas dializadas-liofilizadas do pico principal da DEAE-Sephacel foi aplicado a uma coluna C2/C18 acoplada ao RP-HPLC. As proteínas da cromatografia DEAE-Sephacel foram dializadas e submetidas a Heparina-Sepharose-HPLC. Para alcançar o segundo objetivo, foi preparado o cDNA do testículo e vesícula seminal de um bode sexualmente maturo. Para amplificar o cDNA 3'- end foram testados dois primers desenhados de diferentes regiões conservadas da espermadesina caprina. O plasma seminal caprino produziu 6,47&nbsp;</span></font><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">±&nbsp;</span><span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">0,63 mg (media&nbsp;</span><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">±&nbsp;</span><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">EP) de uma fração majoritária retida. A </span><span style="font-size: 13.3333px;">proteína</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;foi primeiramente denominada BSFP (</span><span style="font-size: 13.3333px;">proteína</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;do fluído seminal de bode). A BSFP não mostrou capacidade ligante à heparina. Quanto à clonagem e sequenciamento dos produtos de PCR levou a </span><span style="font-size: 13.3333px;">identificação</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;de três novos cDNAs codificando as espermadesinas caprinas, os quais foram denominados bodesina -1,2 e 3. Todas as três </span><span style="font-size: 13.3333px;">sequências</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;de </span><span style="font-size: 13.3333px;">aminoácidos</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;deduzidas são altamente similares (50%) à espermadesina </span><span style="font-size: 13.3333px;">suína</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;e a </span><span style="font-size: 13.3333px;">sequência</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;da bodesin-2 é&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">idêntica</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;ao N-terminal da BSFP. Em </span><span style="font-size: 13.3333px;">conclusão</span><span style="font-size: 10pt;">, a espermadesina caprina pode ser eficientemente isolada por cromatografia de troca iônica e fase reversa. Finalmente, estes resultados indicam que as bodesinas parecem formar uma </span><span style="font-size: 13.3333px;">família</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;de multigenes que codificam </span><span style="font-size: 13.3333px;">proteínas</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;com </span><span style="font-size: 13.3333px;">domínio</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;CUB conservado essencial para sua </span><span style="font-size: 13.3333px;">função</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">biológica</span><span style="font-size: 10pt;">. Ao nosso conhecimento, </span><span style="font-size: 13.3333px;">este</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;é o primeiro relato de clonagem molecular das espermadesinas caprinas (bodesinas).</span></font>