Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Diego Da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113660
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Resumo: |
A epidemia de aids avançou de forma desproporcional entre os jovens gays de 15 a 24 anos na última década no Brasil. Esta tese tem como objetivo compreender como se produz cuidado para jovens gays vivendo com HIV/aids de 18 a 24 anos vinculados ao Centro de Testagem e Aconselhamento/Serviço Ambulatorial Especializado em HIV/aids (CTA/SAE) Emanuel Gomes Pinto no município de Fortaleza, Ceará. A pesquisa utilizou o conceito de itinerações em busca de cuidado (Octavio Bonet), linhas e malhas (Tim Ingold) e de praxiografia (Annemarie Mol) para mapear a realidade vivida da aids no CTA/SAE. Foram realizadas quatro itinerações em busca de cuidado com jovens gays vivendo com HIV/aids, 12 entrevistas em profundidade com as profissionais de saúde (Coordenadora, quatro enfermeiras, três assistentes sociais, duas psicólogas e dois infectologistas) todos (as) vinculados (as) ao CTA/SAE), além disso, três entrevistas com gestores (as) da política municipal de aids do município de Fortaleza. A política municipal de aids para a juventude se concentra nas ações da Estratégia Fique Sabendo Jovem (FSJ) que consiste na oferta de testes rápidos para ISTs nos espaços de sociabilidade jovem utilizando uma unidade móvel. As trajetórias de vida das profissionais de saúde e o encontro com os usuários orientam suas práticas de cuidado no âmbito do serviço de saúde. As itinerações em busca de cuidado dos jovens gays vivendo com HIV/aids mapearam os conhecimentos sobre ISTs; as práticas de prevenção; as formas da infecção pelo HIV; a experiência do diagnóstico; redes de apoio familiar e comunitária; o acesso e vinculação ao CTA/SAE; a adesão ao tratamento antirretroviral; os processos de estigmatizações, preconceito e discriminação. O cuidado nas malhas da aids é produzido nas praticalidades, em ato, na relação entre as profissionais de saúde com os jovens gays vivendo com HIV/aids, escapa ao cuidado protocolar, pois se engendra no imprevisto. A realidade vivida da aids no CTA/SAE Emanuel Gomes Pinto é singular, localizada e instável, em formação ininterrupta. |