ENVOLVIMENTO DO ESTRESSE OXIDATIVO E DO INFILTRADO LINFOCÍTICO NO MICROAMBIENTE TUMORAL MAMÁRIO EM CADELAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: NETO, BELARMINO EUGÊNIO LOPES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82402
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O câncer de mama é a principal neoplasia diagnosticada em mulheres e cadelas. No entanto, a etiologia do tumor mamário canino (TMC) ainda não está esclarecida. Este trabalho teve como objetivos investigar o nível sérico de oxidantes e antioxidantes não enzimáticos, estudar o infiltrado celular (IC) e infiltrado linfocítico tumoral (TIL), além da expressão de biomarcadores no microambiente tumoral, bem como a associação de características clínico-patológicas e tempo de sobrevivência das cadelas. Para tanto, as cadelas foram divididas no grupo com TMC benigno (Be), TMC maligno (Ma) e animais controles (Co). O protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética para o Uso de Animais (CEUA-UECE), número 12247080-2. Os níveis séricos de proteína total, globulina, bilirrubina e malondialdeído (MDA) foram maiores (P &lt; 0,05) nos grupos Ma e Be comparado ao grupo Co. Todas as características malignas apresentaram níveis elevados de MDA e estavam associados com necrose e tipo de tumor (P &lt; 0,05). Não foi observada associação entre o MDA e o tempo de sobrevida geral. A idade média dos animais foi de 9,3 anos, os tumores estavam localizados nas regiões inguinais e predomínio de grau I-II do TMC. IC estava distribuído nas regiões peri e intratumoral, tendo linfócitos como principal população encontrada dentro dos tumores. A correlação do IC com o grau do TMC demostrou que os linfócitos (&#961; = 0,28) e as células plasmáticas (&#961; = 0,22) apresentaram uma ligeira correlação positiva, por outro lado, neutrófilos (&#961; = -0,1) e macrófagos (&#961; = -0,38) apresentaram correlação negativa. Cadelas com TIL moderado (&lt; 800 linfócitos) TMC apresentaram maior taxa de sobrevivência (P = 0,01) em relação aos animais com infiltrado linfocítico intenso (&#8805; 800 linfócitos). Foram observados linfócitos FoxP3 em menor intensidade enquanto que CD4 e CD8 estava em maior quantidade e concentrada no TIL. HSP60 foi observado nas células inflamatórias e tumorais. No estroma tumoral pode-se observar que 65,2% dos tumores apresentavam baixo TIL e tumores com alto TIL diferiu significativamente (P &lt; 0,001) em relação ao baixo TIL. O TIL estromal foi associado (P &lt; 0,009) a expressão de PD-L1 (39%) no TMC. Nas metástases dos linfonodos (n = 5), PD-L1 estava presente no epitélio maligno e estava associado (P &lt; 0,034) ao envolvimento de linfonodos regionais. As curvas de sobrevivência demonstraram maior sobrevida nos animais com baixo TIL (P &lt; 0,01) comparado ao com auto TIL. As variáveis clínico-patológicas correlacionadas com sobrevida global por análise univariada foram grau de tumor (P &lt; 0,009), envolvimento dos linfonodos (P &lt; 0,004), TIL (P &lt; 0,016) e PD-L1+/auto TIL vs. PD -L1-/baixo TIL&nbsp;(P &lt;0,01). A análise multivariada revelou que o grupo de tumores com grau II-III era um fator independente e pior prognósticos para a sobrevida global. Conclui-se que os TMC apresentam intensa peroxidação lipídica, presença de CD4, CD8 e FoxP3 nas regiões peri e intratumoral e a expressão de PD-L1 está associada com TIL estromal. Estes marcadores podem estar relacionados ao prognóstico dos tumores mamários caninos e podem ser utilizados como alvos para terapias anticâncer.</span></font><div><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Câncer. Tumor mamário canino. Estresse oxidativo. Linfócitos. PD-L1</span></font></div>