O livro didático de história: um caleidoscópio de escolhas e usos no cotidiano escolar (Ceará, 2007-2009)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Timbó, Isaíde Bandeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=59896
Resumo: Na primeira década do século XXI, é possível afirmar que o livro didático faz parte da cultura material da maioria das escolas públicas brasileiras através do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Sendo assim, um dos objetivos desta pesquisa foi identificar e analisar o processo de escolha dos livros didáticos no Estado do Ceará, relacionando-o com os usos que se faz deste instrumento no cotidiano escolar. Tivemos como espaço de pesquisa empírica quatro escolas públicas, duas localizadas em Fortaleza e duas em Quixadá; em cada escola, uma turma de 6º ano diurno. Como parte do procedimento metodológico, realizamos entrevistas com gestores públicos, aplicamos questionários aos professores, e fizemos observação direta durante todas as aulas de História do ano letivo de 2008 das quatro turmas investigadas. E finalizamos com uma “roda de conversa” com os alunos de cada turma, na qual estes fizeram desenhos e frases referentes ao livro didático. Ainda trabalhamos com documentos oficiais do MEC que regulamentam o processo de escolha dos livros didáticos, como o edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD/2008) e o Guia de Livro Didático do PNLD/2008; além dos livros didáticos de História adotados. Utilizamos como categoria de análise o conceito de “apropriação”, de Roger Chartier, as categorias de “estratégias e táticas”, de Micheal de Certeau, como também o conceito de “cultura escolar” cunhado por Dominique Julia. Percebemos o livro didático na perspectiva de Alain Choppin e Egil Borre Johnsen, portanto, um objeto cultural complexo. Por isso, fazemos uma analogia com um caleidoscópio que emite diferentes imagens conforme quem o use, num conjunto de fios coloridos, pois o livro didático hoje comporta diferentes fontes e linguagens, e oferece inúmeras possibilidades de uso no Ensino de História. Ao final de nossa pesquisa, percebemos, no entanto, que, no cotidiano, em geral, apenas o texto principal de cada capítulo é trabalhado. Então, apesar das transformações teóricas e gráficas na produção do livro didático, este ainda é subutilizado, sendo fundamental um posterior repensar da formação docente, pois, a depender da concepção de ensino e aprendizagem que se adota, as potencialidades deste recurso didático serão utilizadas no favorecimento da construção do conhecimento histórico. Palavras-chaves: Livro Didático; Programa Nacional do Livro Didático (PNLD); Escola Pública no Ceará; Ensino de História.