Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Álvaro Rebouças |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=42071
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Como é vivenciado o poder entre homens e mulheres no casamento? De que forma o poder é exercido por cada um dos cônjuges em suas relações cotidianas? Estas perguntas são fundamentais para compreendermos o curioso fenômeno das trocas e das negociações, que constituem o jogo de poder no casamento. Para tanto, é preciso contextualizar os três enfoques desta pesquisa: o primeiro, do poder como construção social, econômica e politica das micro-relações cotidianas do casal; o segundo, das vivências subjetivas dos gêneros masculino e feminino como construções socioculturais engendradas pelo poder, e o terceiro, do casamento e da família como lugares privilegiados de interação e de construção de relacionamentos em que o poder perpassa os discursos e as ações, diariamente, como acontecimentos politico-estratégicos das interações dos casais. Estes jogos políticos são corriqueiramente concretizados pelos cônjuges por intermédio de acordos, de alianças, de conflitos, de missões, de divisões de papéis e de tarefas no casamento e na família. Desta forma, as dimensões multifacetadas do poder, ou, melhor dizendo, dos poderes, são mutáveis e variadas, não se apresentando apenas como comumente são percebidas, ou seja, como poder sobre alguém ou somente como relações de força e de enfrentamento, mas também como cooperação, compartilhamento, complementaridade, cor igualdade, criatividade consenso, espontaneidade. Neste caso, utilizei a concepção do poder como negociação política em que as suas diversas facetas são utilizadas na realização de acordos e de transações na intensa dinâmica relacional dos cônjuges, no casamento. Concebendo o casamento como um palco privilegiado de observação das micro-relações de poder entre homens e mulheres, pretendo descrevê-las, analisá-las e discuti-las à luz de diversas concepções sóciohistóricas acerca do poder e das relações de gênero. Busquei compreender a complexa dinâmica em que o poder opera nas várias dimensões da vida do casal e da família, considerando o poder como implicado na história, nas relações e nos discursos dos cônjuges e na construção do laço conjugal que os une. Para tanto, escolhi o método fenomenológico com a intenção de revelar e de discutir as micro-relações de poder no casamento. Recolhi e analisei os depoimentos de 6 casais que foram entrevistados em Fortaleza, considerando suas compreensões e particularidades inerentes a cada vinculação matrimonial. Os depoimentos foram transcritos e agrupados em quatro unidades de sentido, das quais emergiram dezenove tipologias analíticas. Portanto, posso concluir que o poder é exercido nas relações conjugais a partir dos discursos, das atitudes e das escolhas dos casais, invadindo os muitos aspectos das suas interações e assumindo múltiplas facetas, não somente de dominação e de conflito com o outro, mas também de consenso, de cumplicidade, de afinidade, de reciprocidade, de colaboração e de cooperação através das negociações afetivo-sexuais, financeiras e parentais entre homens e mulheres no casamento, ao tentar equilibrar, em suas relações cotidianas de poder, os laços que vêm construindo na sua vida a dois. </span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">PALAVRAS-CHAVES: poder, casamento, relações entre os gêneros, família, fenomenologia.</span></div> |