Teorias do facismo alemão: uma crítica à mitificação da política em Walter Benjamim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Matos, Francisco Valdemir de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=64208
Resumo: A análise benjaminiana do progresso (Fortschritt) e suas principais consequências, em particular, as vividas pela sociedade alemã na primeira metade do século XX, tem como laboratório a República de Weimar. As categorias benjaminianas explicam o processo histórico de idealização e de mitificação da política, que promoveu a ascensão do Partido Nacional-Socialista (Nazismo) na Alemanha. Sua estruturação no Mito do Belo vai conduzir a cultura à barbárie da guerra. Os conceitos benjaminianos, estética, técnica, aura, memória, experiência do choque, revolução, agora do cognoscível e resistência, constituem um anteparo frente aos novos conceitos impostos pela realidade fantasmagórica que conduz a humanidade ao desvio da racionalidade, pondo em risco o patrimônio dos valores morais e éticos. A crítica benjaminiana à modernidade visa à falsa proposta de civilização que submergiu diante dos ideais de Adolf Hitler (O Führer) e de seu mecanismo de sedução: a estetização da política. A desauratização da arte numa perspectiva benjaminiana de democratização do mundo reconhece, na mudança de estatuto da obra de arte, um elemento fulcral para um despertar da liberdade criadora do artista, que pode transformar sua arte num instrumento de revolução contra esse processo de estetização da cultura. A memória, segundo Benjamin, seria o principal mecanismo para uma revolução, num instante denominado de “agora do cognoscível”, como forma de resistência à modernidade. Palavras-chave: Progresso. Mitificação. Política. Memória e Resistência.