Jornal das moças: leitura, civilidade e educação femininas (1932-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Almeida, Nukácia Meyre Araújo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82158
Resumo: <div style="">Neste trabalho, tem-se como objetivo analisar como um suporte textual, cujo propósito comunicativo não fosse determinar normas e injunções, age na propagação de normas sociais que pouco a pouco vão sendo assimiladas pela mulher. O exame se dá a partir de um ponto de vista que congrega o olhar da História da Leitura e, por consequência, da História da Educação, da Sociologia de base histórica, da Linguística e da Análise do Discurso. O suporte escolhido como fonte de pesquisa é a revista feminina Jornal das Moças, publicada durante o período de 1914 a 1965, no Rio de Janeiro. O corpus recortado compreende a publicação ocorrida entre os anos de 1932 a 1945. O conceito de civilidade, conjunto de comportamentos estabelecidos como adequados socialmente, norteia a descrição e análise do suporte. Os conceitos de ethos e de incorporação embasam a análise do discurso da civilidade, um dos arquivos presentes no Jornal das Moças. Os resultados da análise do suporte confirmam a prescrição de condutas tidas como adequadas à mulher nas décadas de 1930 e 1940. Os papéis sociais de mãe, dona-de-casa, esposa e educadora são reafirmados por intermédio dos vários gêneros do discurso que circulam na Revista e pela iconografia que acompanha muitos desses textos. Dentre os vários gêneros em que o discurso da civilidade investe, analisou-se o conto, anúncio publicitário, conselho e artigo de opinião. Nos textos, os ethé da beleza e do recato; da abnegação; da dedicação; da submissão e da saúde; e da sapiência evocam, respectivamente, as imagens de mulher, mãe, dona de casa, esposa e educadora dos filhos da pátria. A incorporação de condutas adequadas aos papéis sociais previstos para a mulher se dá pela assimilação do ethos do enunciador e pela adesão às ideias enunciadas e pelas representações de outros atores sociais construídas no discurso. Palavras-chave: Leitura. Civilidade. Revista Feminina. Educação. Discurso da Civilidade.</div>