Canteiro de obras, lugar de mulher?: um estudo sobre as relações de gênero e trabalho no âmbito da construção civil de Fortaleza-CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Mayra Rachel da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75336
Resumo: Na contemporaneidade, novas configurações se apresentam ao mundo do trabalho. Profissões, culturalmente constituídas no imaginário social como específicas da condição masculina estão sendo ocupadas crescentemente por mulheres, a exemplo, podemos citar o aumento da participação feminina como mão de obra na construção civil. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo investigar quais aspectos das relações de gênero e trabalho permeiam o desempenho das atividades de homens e mulheres na construção civil de Fortaleza. Esta pesquisa apresenta natureza qualitativa e é do tipo bibliográfica e de campo. Deste modo, para o alcance do objetivo proposto, realizamos entrevistas, a partir de roteiros semiestruturados, com os trabalhadores e trabalhadoras deste setor produtivo. Fizemos, ainda, reflexões sobre as principais categorias que envolvem o objeto de estudo, a saber: gênero, divisão sexual do trabalho e construção civil. Através desta análise, dentre outros aspectos, pudemos perceber que o trabalho de homens e mulheres na construção civil é permeado por questões de gênero e é marcado pela divisão sexual do trabalho. Esta, por sua vez, determina, na maioria dos casos, as funções e os trabalhos que devem ser executados por homens e mulheres neste ramo. Verificamos que a maioria das mulheres busca inserção neste segmento em função da possibilidade de ingresso no setor formal da economia e uma melhor remuneração. Com relação a este último aspecto, constatamos que não diferenciação salarial em função, mas em contrapartida, a maioria das mulheres exerce a função de servente, recebendo, portanto, a menor remuneração da cadeia produtiva do setor. Constatamos, por fim, que as trabalhadoras deste ramo enfrentam, cotidianamente, grandes desafios. Elas, ainda, são vítimas do preconceito e da violência de gênero expressos, por exemplo, nas brincadeiras preconceituosas de seus colegas de trabalho e nos casos de abusos sexual nos quais elas são vítimas. Palavras-chave: Gênero. Divisão sexual do trabalho. Construção civil.