Vivencia do atendimento no centro de atenção psicossocial infanto-juvenil: motivações das famílias e dos profissionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Tavares, Suzane de Fatima do Vale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75335
Resumo: O novo direcionamento da atenção em saúde mental trouxe para a família a responsabilidade conjunta do cuidado ao indivíduo em sofrimento psíquico que recebe atendimento em serviço substitutivo. E, neste cenário, há o encontro de profissionais e família na promoção da reabilitação psicossocial da pessoa em sofrimento psíquico. Deste modo, o cuidado em saúde mental infanto-juvenil tem requerido a compreensão de como as famílias de crianças e adolescentes em sofrimento psíquico, bem como a equipe de profissionais vivenciam o mundo e as relações que se tecem nesse âmbito assistencial do CAPSi. O estudo objetivou conhecer as motivações ao atendimento no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSi), na perspectiva do profissional e da família dos usuários.Para realização da abordagem em família e o profissional utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturada e um formulário. A compreensão ocorreu a partir da fenomenologia do social de Alfred Schutz, com evidenciação de categorias concretas e elucidação das motivações das famílias das crianças e adolescentes atendidas no CAPSi e dos profissionais atuantes nesse serviço. A coleta de informações ocorreu em um CAPSi de Fortaleza, Ceará. Foram sujeitos desta pesquisa 09 familiares que possuíam um ou mais usuários do serviço que realizam no mínimo duas atividades semanais e eram participante no grupo de famílias e 12 profissionais de nível superior e técnico que prestam serviço no CAPSi a um tempo mínimo de 6 meses. A partir da analise dos dados, foram constituídas as categorias concretas, possibilitando evidenciar as motivações para e porque profissionais e família. Logo, obteve-se que o ingresso dos profissionais no CAPSi aconteceu por uma oportunidade de emprego, necessidade do serviço e proximidade a residência. Que as motivações em permanecer trabalhando no CAPSi estavam na ocasião de ser uma assistência a criança e ao adolescente, nova em experiência, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, que proporcionava aprendizagem. Os profissionais nutrem a expectativa de que os usuários tenham autonomia, inserção social, melhora da relação familiar. Esses desejos projetados são compartilhados pelas famílias, que buscaram o CAPSi em decorrência de seus entes apresentarem dificuldade na aprendizagem, comportamento agressivo, inquietação, desobediência. As famílias notam mudanças positivas no comportamento do seu ente, e sente-se apoiadas com a atividade de grupo. Elas esperam que a criança ou adolescente melhore e cure-se. Os familiares sugerem alterações na estrutura física, atividades e recursos materiais ao atendimento ofertado. Entendo que compreender as motivações, bem como o contexto de significados das experiências de famílias e profissionais que cotidianamente vivenciam a criança em sofrimento psíquico poderá contribuir para reflexões acerca da atenção infanto-juvenil, tanto da equipe multiprofissionais quanto da enfermagem, implementada a díade usuário-família. Palavras-chave: Família. Enfermagem. Cuidado. Saúde mental. Pesquisa qualitativa.