Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Costa, Maria Suely Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=47403
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O fenômeno saúde-doença, desde as mais remotas épocas da história, permeia o cotidiano social e recebe significado. Os significados atribuídos à saúde e à doença, geralmente, resultam da interação do conhecimento prático proveniente do senso comum com a ciência e não é diferente quando se estuda o binômio saúde-doença mental. O presente estudo busca identificar concepções da "doidiça" e depressão elaboradas por usuários da Rede de Atenção Integral à Saúde Mental de Sobral-CE, Brasil. Para este estudo, utiliza-se a abordagem qualitativa, visto que o tema abrange valores, regras, expectativas e condicionamentos. O cenário do estudo é O PSF-Pedrinhas e o CAPS II na cidade de Sobral-CE. Os atores sociais são constituídos por usuários PSF - Pedrinhas e CAPS II, sendo formada por trinta e três usuários adultos de ambos os sexos. Para coleta de informações, foram utilizados como técnicas o desenho- história com tema e a entrevista semi-estruturada. Estes recursos visam a facilitar a expressão dos valores, pensamentos e sentimentos dos atores sociais. A organização e análise das informações foram realizadas com suporte no método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), condições prévias que parecem indispensáveis para uma boa análise e interpretação desses depoimentos com base na teoria da análise do comportamento. Entrando em contato com as concepções contidas nos discursos e nos desenhos, as concepções que mais apareceram para os usuários do PSF em relação à "doidiça" foram que o "doido" não é agressivo e sim desorganizado, inconseqüente. Tal concepção vai ao encontro do mito de que o "doido" é agressivo/violento todo e o tempo todo. A concepção de doido agressivo, impulsivo, apareceu mais nos discursos dos atores sociais do CAPS dentro de uma perspectiva momentânea na vida de um ser humano. Os discursos em relação à "depressão" tanto dos usuários do PSF quanto do CAPS, representam fielmente a sintomatologia da pessoa em "depressão", ou seja, os sintomas agudos e padrões de comportamento, podendo dizer que os atores sociais estudados têm informações consistentes do que é a "depressão". Destaca-se como informação importante nesta pesquisa o feito de que os usuários do CAPS, embora saibam claramente a diferença entre "doidiça" e depressão, utiliza o termo depressão de forma generalizada, funcionando como atenuante do estigma de ser "doido". A sugestão indicada com base neste estudo é a necessidade de trabalhos consistentes e sistemáticos sobre o processo de estigma e auto-estigma com o advento da reforma psiquiátrica; também estudos que identifiquem e promovam os dispositivos que fortalecem as redes sociais na comunidade intervenção promotoras de saúde mental na atenção básica. </span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavra-chave: Depressão, Doidice, Saúde e Doença Mental, Análise do Comportamento, Concepção, PSF, CAPS.</span></div> |