Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Liberato, Maria da Conceição Tavares Cavalcanti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=67311
|
Resumo: |
O Ceará é um dos maiores produtores e exportadores de mel de Apis mellifera no Brasil, porém há pouca informação sobre as propriedades físico-químicas e atividades biológicas dos produtos apícolas aqui produzidos. O objetivo geral desta tese é o estudo químico e a bioprospecção de méis, própolis e pólen produzidos por Apis mellifera L. no Ceará, de modo a obter uma correlação entre a composição química e as atividades biológicas dos produtos apícolas do Ceará para a caracterização desses compostos como alimentos funcionais. As amostras foram obtidas através de apicultores de diferentes localidades do Ceará e coletadas em diferentes épocas do ano. Os constituintes físico-químicos dos méis foram analisados segundo métodos da Association of Official Analytical Chemists, Codex Alimentarius Commission e International Honey Commission. Os teores de proteína foram determinados pelo método de Bradford, e os minerais foram analisados por espectrometria de absorção atômica. Diferenças significativas foram observadas nos teores de proteína, minerais, umidade e acidez livre (P<0.01) entre méis de diferentes fontes florais. Os níveis de Na, K, Ca, Mg, Fe, Cu, Mn, Zn, Cr, e Se variaram 1,8- 47,2; 21,3-1513,3; 14,6-304,8; 2,5-28,3; 0,12-8,7; 0,07-1,29; 0,06-1,96; 0,07-1,85; 22,5x10-3 - 170,3x10-3 e 0,36x10-3-62,0x10-3 mg/kg, respectivamente. O mel das flores de Myracrodruon urundeuva apresentou altos teores dos principais minerais (Na, K, Ca e Mg). O conteúdo de proteína para o mel de Anacardium occidentale foi o maior (1,121 mg kg-1), seguido pelos méis de M. urundeuva (0,845 mg kg-1) e Ziziphus joazeiro (0,724 mg kg-1). Entre os minerais detectados nesse estudo, K mostrou a mais alta concentração seguido por Ca e Mg. Com poucas exceções, os parâmetros físico-químicos, teores de proteina e de minerais dos méis do estado do Ceará são semelhantes aos encontrados em méis de boa qualidade, especialmente o do mel de M. urundeuva. Foram determinados também o teor de fenóis totais, flavonóides, antividade antioxidante e atividade antiacetilcolinesterásica. O teor de fenóis totais foi determinado pelo método Folin-Ciocalteu e o de flavonóides pelo método do AlCl3. A atividade antioxidante foi avaliada usando o método do DPPH. Amostras de méis de Lippia sidoides Cham (IC50 4,20 ± 1,07 mg/mL) e M. urundeuva Allemão (IC50 28,27 ± 1,41 mg/mL) mostraram melhores atividades antioxidantes e apresentaram os maiores valores de fenóis totais (108,50 ± 3,52 mg EAG/100g para L. sidoides e 68,55 ± 1,01 mg EAG/100g para M. urundeuva). No ensaio da atividade antiacetilcolinesterásica várias amostras de méis apresentaram relevantes resultados. Os parâmetros físico-químicos das própolis estão de acordo com a Legislação Brasileira. Os elementos minerais analisados foram em ordem crescente, potássio (K), magnésio (Mg), cálcio (Ca), sódio (Na) e ferro (Fe). Uma boa correlação linear foi encontrada entre o teor de flavonóides e a atividade antirradical livre. Feições características das própolis do bioma Caatinga estão na presença de rutina e quercetina como componentes flavonóides comuns e os principais compostos voláteis são cariofileno, óxido de cariofileno, ésteres de ácidos graxos e hidrocarbonetos. Foram analisadas uma amostra de pólen apícola de coqueiro (Cocos nucifera) e duas amostras heteroflorais. Os parâmetros físico-químicos analisados estão de acordo com a Legislação Brasileira. O conteúdo de fenóis totais foi determinedo pelo método de FolinCiocalteau e o de flavnóides pelo método do AlCl3. A atividade antioxidante foi determinada pelo método do DPPH. Uma amostra heterofloral de pólen apícola (IC50 3,93 ± 0,23 mg/mL) mostrou melhor atividade antioxidante e apresentou o maior valor de fenóis totais (19,521 ± 0,211 mg EAG/g). Os teores de proteina foram determinados pelo método de Bradford. A amostra heterofloral de pólen apícola AH1 mostrou o mais alto valor de proteína (1,684 ± 0,351 mg/L). A descoberta de compostos com potencial farmacológico nas própolis e da atividade antiacetilcolinesterase em méis e própolis da Caatinga cearense, enriquece o potencial medicinal destes produtos. Palavras-chave: Produtos apícolas, Apis mellifera, Compostos fenólicos, Atividade antioxidante, Atividade antiacetilcolinesterase, Atividade antimicrobiana. |