Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, MARIA LIDIANY TRIBUTINO DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82431
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O conceito saúde indígena, na literatura acadêmica, apresenta-se, muitas vezes, empobrecido de questões que dizem respeito à vida nas comunidades indígenas. Desde seu entendimento como ausência de doença, bem-estar, até direito humano, exprime que saúde é não ser doente, não estar doente ou ter acesso a direitos humanos, ou seja, produções de um estado de coisa ou de conceitos portadores de um essencialismo e que se amparam em uma ideia de homem e cidadão balizados pela noção de unidade. São reduzidas as pesquisas sobre o cuidado em saúde dos povos indígenas, principalmente, no Nordeste brasileiro e no Ceará. Dada a invisibilidade, o cerco em que a saúde indígena, investida de sua multiplicidade e acontecimento, vem sendo colocada, realizou-se uma pesquisa intitulada Saúde Indígena Potyguara: travessias entre terras e territórios. Às vezes, como excursionista que realiza seu trajeto a partir de um itinerário regrado e, em outros momentos, como andarilha que não usa de um roteiro fixo, produziu-se uma viagem cartográfica pelos encontros com os Potyguara das aldeias Mundo Novo e Jacinto, em Monsenhor Tabosa, no Ceará, entre os anos de 2015 e 2017, pelos afectos provocados a partir dos filmes assistidos, músicas escutadas, participações em eventos e grupos, leituras de livros, artigos, jornais, avizinhando-se de autores como Deleuze, Guattari, Rolnik, Foucault, Nietzsche, Viveiros de Castro, Goldman entre outros. A cartografia tem a potência de chacoalhar as opiniões prontas, ativando novos conceitos, saberes locais e desqualificados, redes de relações de forças. Dessa maneira, a prática do cartógrafo é política, estética e ética. A ideia de viagem é uma afirmação do desejo de movimentar o conceito de saúde indígena na Saúde Coletiva e criar multiplicidades de sentidos. Buscou-se provocar uma cartografia dos mapas de singularidades dos modos de vida para pensar uma saúde que não seja para, ou dos indígenas, mas uma saúde com os Potyguara, criando deslocamentos no conceito de saúde indígena na área da Saúde Coletiva. Primeiro, foi realizado um levantamento dos artigos a partir do descritor Health of Indigenous Peoples, na Biblioteca Virtual da Saúde, com as revistas nacionais de maior expressão na área da Saúde Coletiva, em 2016 e 2018 e, em seguida, problematizado conceitos como os de saúde indígena, ―índio‖ e ―indígena‖, ―cultura‖ e ―identidade‖, prosseguindo com o que os Potyguara trazem sobre saúde. Através de uma escrita fronteiriça entre o científico e o literário, e de composições de pessoas (Eu, Ele, Nós, Eles), produziram-se conceitos como ―devir-terra do corpo indígena|devir-corpo indígena da terra‖, ―devir saúde|morrer sadia‖, ―vida Potyguara como produção de saúde‖, ―corpotência‖, ―cormospolítica‖. Os modos de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">6</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">viver a saúde dos Potyguara dizem de questões inseparáveis da terra, de ações que expressam relações entre se sentir saudável e estar adoecida e entre visível e invisível, de possibilidades de produção de saúde com rituais, danças, artesanatos, cantos, rezas, bem como comexperimentações de cormospolíticas e do brincar com um mundo de riscos e perigos, expandindo a vida e deslocando-a por perspectivas e construções de sentidos que possuem forças para perceber a saúde com arte, política e ética.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Saúde indígena Potyguara. Atenção Primária à Saúde. Terras. Processos de Singularização. Cartografia.</span></font></div> |