Uma Análise de Discurso Crítica da construção discursiva do Pacto da Branquitude no Big Brother Brasil 2023: Desvelando o privilégio branco em redes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nascimento, Erica Alves Do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113764
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo principal investigar os aspectos discursivos constituintes do pacto narcísico entre pessoas brancas no Brasil a partir da análise de comentários em uma postagem de uma foto composta apenas por participantes negros do Big Brother Brasil 2023 veiculada no Instagram oficial do Reality Show. O aporte teórico-metodológico teve como base a proposição de um diálogo interdisciplinar entre a Análise de Discurso Crítica, amparada, principalmente, na abordagem de Chouliaraki, Fairclough (1999) e Fairclough (2003), e os Estudos Críticos sobre Branquitude (BENTO, 2022; DIANGELO, 2018; CARDOSO, 2010). Nesta perspectiva é que esta pesquisa se caracteriza como de natureza qualitativa e, do ponto de vista técnico, uma pesquisa bibliográfica. A análise dos 27 comentários selecionados que constituem o corpus foi realizada com a investigação dos significados Representacional e Identificacional constituintes dos discursos da branquitude, à luz do modelo transformacional proposto pela Análise de Discurso Dialético-Relacional. Com o intuito de fortalecer essa análise, desenvolveu-se uma discussão sobre mídia, redes sociais e branquitude. Conclui que o discurso racista, subjacente a outros discursos, contribui para a construção de identidades coletivas para ambos os grupos sociais, brancos e negros, criando uma dicotomia entre o "nós" (brancos) e o "eles" (negros). Isso implica em uma diferenciação entre as identidades raciais que beneficia a branquitude, sendo constitutiva e constituída por ela.