Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pessoa, Karine Lima Verde |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=74439
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Resumo: |
As mudanças ocorridas na Política de Atenção à Saúde Mental no Brasil a partir da <br/>Reforma Psiquiátrica superam a oferta de novos serviços, exigindo uma complexa <br/>transformação dos modos de compreender e agir na produção do cuidado. A <br/>mudança nos processos de trabalho, constituídos a partir de tecnologias leves, <br/>relacionais, exige transformações subjetivas e não apenas a definição de diretrizes e <br/>normas institucionais. Isso se dá a partir de encontros capazes de agenciar <br/>mudanças no território existencial dos trabalhadores. Somos constantemente <br/>afetados e transformados pela micropolítica dos processos de trabalho, cuja <br/>compreensão no cotidiano da atenção psicossocial constitui o objetivo geral deste <br/>estudo. Como desdobramentos, o estudo busca: descrever como se organiza o <br/>processo de trabalho e a construção dos projetos terapêuticos; identificar o que <br/>orienta as práticas dos trabalhadores de saúde mental; e analisar os desafios do <br/>trabalho em equipe e da coordenação de um CAPS. Trata-se de uma pesquisa <br/>qualitativa, dentro de uma perspectiva hermenêutica. Os participantes foram 18 <br/>sujeitos, trabalhadores e coordenadores em atuação em um CAPS em Fortaleza-CE. <br/>Para coleta de dados foram utilizadas a entrevista aberta e a observação <br/>sistemática. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa <br/>com Seres Humanos da UECE. A análise do material empírico baseou-se na <br/>hermenêutica de Paul Ricoeur. Utilizou-se também a Rede de Petições e <br/>Compromissos como ferramenta de análise das relações micropolíticas. As <br/>narrativas apontam a relação entre a atenção à saúde mental e demais políticas <br/>públicas, apresentando dificuldades no fluxo do usuário pela rede de atenção à <br/>saúde e demais setores de assistência. Evidenciam-se também os desafios <br/>cotidianos enfrentados na construção de projetos terapêuticos singulares, revelando <br/>a necessidade de reflexão crítica e flexibilidade na construção de um projeto <br/>terapêutico institucional mais coerente com os princípios e diretrizes da Reforma <br/>Psiquiátrica. Observam-se também as relações afetivas, subjetivas e disciplinares no <br/>cotidiano do trabalho em equipe, versando sobre condições de trabalho; relações <br/>interpessoais e interdisciplinares; relações de poder; tradição biomédica e <br/>medicalização social. Destacamos a necessidade de avançar na democratização <br/>das relações de trabalho a partir do fortalecimento e utilização assertiva dos espaços <br/>coletivos de diálogo. <br/>Palavras-chave: Saúde Mental; Micropolítica; Gestão em Saúde; Processo de <br/>Trabalho. <br/> |