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Produtividade dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária no estado do Ceará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Feijo, Lia De Castro Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98637
Resumo: O edentulismo é considerado um problema de saúde pública. Assim, os Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD) são primordiais, pois fornecem reabilitação oral protética à população brasileira. Este estudo objetiva analisar a produtividade dos LRPD no estado do Ceará. Para isso, realizou-se um estudo ecológico e transversal. Foram avaliados os municípios cearenses que tiveram LRPD implantados em 2019. A análise utilizou dados secundários, como porte populacional, índice de desenvolvimento humano municipal, índice de Gini, cobertura de equipe de saúde bucal, cobertura de agentes comunitários de saúde, cobertura de equipe de saúde da família implantada, situação do LRPD, e foi aplicado um questionário semiestruturado para os gestores municipais. A amostra final corresponde a 73 municípios. A análise estatística utilizou o teste Qui-quidrado de Wald, Razão de Verossimilhança e regressão de Poisson. A análise espacial foi realizada a partir do software QGIS 3.8, utilizando para análise o Estimador da Densidade de Kernel. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará sob o parecer 3.781.041. A maioria dos municípios que apresenta Laboratórios Regionais de Prótese Dentária, 61 (83,6%) atingiu a produtividade almejada. Dentre os que não atingiram, a maioria apresenta população de até 50.000 habitantes, IDHM inferior ou igual ao IDH do estado do Ceará e índice de Gini menor que 0,59. A maioria dos municípios que não alcançou a meta de produtividade deve produzir de 20 a 50 próteses por mês e apresentam gestão municipal. Quanto as respostas dos gestores, a maioria afirmou apresentar mais de dois anos de gestão, 22 (62,9%), é terceirizado, 35 (55,6%), considera as regras para implementação e manutenção dos LRPD claras, 56 (87,5%), o financiamento realizado pelo Ministério da Saúde insuficiente, 36 (57,1%), o repasse financeiro ocorre regularmente, 60 (95,2%), o tempo de entrega da prótese pelo LRPD adequado, 42 (66,7%), a qualidade técnica das próteses satisfatória, 56 (88,9%). Dos 10 (15,9%) gestores que relataram ter dificuldade em encontrar um cirurgião-dentista para trabalhar com prótese, 7 (70%) citam que é por resistência em realizar procedimento protético. Dos 28 gestores que não apresentam LRPD terceirizado, metade, 14 (50,0%), cita dificuldade em encontrar técnico de prótese dentária para trabalhar no LRPD. A distribuição espacial indicou regiões desassistidas, como a Área Descentralizada de Saúde de Crateús, pertencente a Superintendência Regional de Saúde Norte e a Superintendência Regional de Saúde Sertão Central. Portanto, o alcance da meta de produtividade independe independem do porte populacional, da cobertura de equipe de saúde bucal (ESB) e do índice Gini, merece atenção os municípios com pequeno baixo IDHM e faz-se necessário a formulação de estratégias de regionalização com o intuito de universalizar a provisão pública de próteses dentárias.