Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Passos, Marcia Maria Vitorino Sampaio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109364
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Resumo: |
Introdução: A elaboração de um instrumento que possa auxiliar na identificação precoce de evolução ao coma aperceptivo possivelmente terá impacto sobre a abordagem de pacientes neurocríticos graves, otimizando o cuidado desses pacientes, como também, nos casos de confirmação do diagnóstico de ME, oportunizando aos familiares dos possíveis potenciais doadores o ato da doação de órgãos em um momento delicado de suas vidas. Objetivo: Construir um instrumento de rastreio para identificação precoce de pacientes com possível evolução para lesão irreversível das estruturas que mantém a consciência em um hospital terciário de alta complexidade em Fortaleza - CE. Metodologia: Trata-se de um estudo metodológico de coorte prospectivo, com abordagem quantitativa, em que foram incluídos pacientes neurocríticos admitidos no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) no período de janeiro a dezembro de 2021. A população foi constituída por todos os pacientes que deram entrada no serviço de emergência do HGF, com queixas neurológicas e que se encaixaram nos critérios de inclusão da pesquisa. Nesses casos, realizou-se a avaliação inicial, análise dos prontuários para dados de avaliação clínica e laboratorial e o desfecho final. Estes foram acompanhados até o 5º dia, no local onde se encontravam internados, onde foi feita uma nova avaliação de segmento da ficha e seu desfecho final do internamento. Foram registradas também variáveis de dados sociodemográficos, tais como: Idade, sexo, procedência; bem como dados de diagnósticos clínicos, Escala Coma de Glasgow de entrada e no momento da abertura do protocolo de ME, dados referentes aos protocolos abertos de ME. Os dados, organizados em planilha do Excel®, foram exportados para o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 23.0, para análises descritivas e inferenciais. Resultados: A quantidade de pacientes que evoluíram para óbito até o 5º dia de internação com e sem abertura de protocolo de ME foi maior (65%), que a quantidade após o quinto dia de internação (35%). Os escores de Glasgow Coma Scale Pupils Score (GCS-P), National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS), Hunt Hess, Hemorragia Intracerebral (ICH) e Alberta Stroke Program Early CT Score (ASPECTS) foram preditores para a ME entre os pacientes investigados. Houve identificação dos seguintes fatores associados à morte encefálica: faixa etária de até 64 anos; procedência de hospital e Unidade de Pronto Atendimento (UPA); setor de admissão de emergência neurológica e sala de reanimação; tabagismo e ex-tabagismo; etilismo; renal crônica e de diabetes mellitus. Quanto aos fatores relacionados ao quadro clínico dos pacientes que se associaram à ME, houve destaque para: pacientes em Intubação Orotraqueal (IOT); sedados; em uso de antibiótico e drogas vasoativas; com Escala de Coma de Glasgow grave; e sem reação pupilar à luz. Com base na análise de dados, foi criado o instrumento para identificação precoce de pacientes com risco de evolução para morte encefálica, composto por 17 itens. Conclusão: Espera-se que o instrumento criado com foco na identificação precoce do quadro agudo de critérios clínicos de morte encefálica possa ser utilizado em outras instituições, com vista a aperfeiçoar a identificação de potenciais doadores, viabilizando assim maior efetividade na oferta de órgãos para transplante. |