Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
CAMPOS, DYÉLY DE CARVALHO OLIVEIRA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83979
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Morinda citrifolia L. (noni) é uma espécie amplamente utilizada com finalidade medicinal para o tratamento do câncer, infecções, inflamação e dor. Embora suas propriedades terapêuticas tenham sido relacionadas a diferentes metabólitos secundários, estudos sobre as proteínas dessa espécie ainda são escassos. O presente trabalho relata a purificação e caracterização de uma proteína de sementes de noni com potencial para alívio da dor e inflamação. A proteína foi isolada utilizando as etapas de extração, precipitação em ácido tricloroacético e cromatografia de exclusão molecular, bioguiadas com um modelo de dor inflamatória em camundongos. Todos os experimentos com animais foram submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da Universidade Federal do Ceará com o número 37/13. A proteína isolada apresentou por PAGE-SDS uma massa molecular aparente de 15,13 kDa e com rendimento de 6,0% em relação às proteínas totais do extrato bruto. Nas análises por espectrometria de massas foram observados dois picos de massas moleculares de 9,450 e 9,460 kDa. Entretanto, através do método de degradação de Edman foi obtida apenas uma sequência N-terminal (AVPCGQVSSALSPCMSYLTGGGDDPEARCCAGV), com uma elevada identidade com proteínas transferidoras de lipídeos (LTP) de diversas espécies de plantas, sendo então essa proteína denominada McLTP1 (Morinda citrifolia Lipid Transfer Protein). McLTP1 (1, 2, 4 ou 8 mg/kg) administrada por via intraperitoneal ou por via oral (8 mg/kg) 30 min antes da administração do ácido acético em camundongos reduziu significativamente (p < 0,05) a ocorrência de contorções abdominais por 34,88%, 55,81%, 58,19%, 81,39% e 89,54%, respectivamente. No modelo de nocicepção induzida por formalina, o pré-tratamento com a McLTP1 (8 mg/kg) por via intraperitoneal ou oral, reduziu de forma significativa (p <0,05) a fase neurogénica (por 51,18% e 32,74%, respectivamente) e a fase inflamatória (por 77,99% e 65,12%, respectivamente), sendo as suas ações parcialmente revertidas após o tratamento com a naloxona, um antagonista de receptores opióides. A atividade biológica observada foi mantida mesmo após o aquecimento da proteína por 30 minutos a 80 ºC e McLTP1 não foi digerida com a pepsina quando incubada em fluido gástrico simulado. No teste do campo aberto foi verificado que a dose de 8 mg/kg não interferiu no desempenho motor dos animais, em relação ao controle. No teste do edema de pata induzido pela Carragenina (Cg) em camundongos, o tratamento intraperitoneal e oral da McLTP1 na dose de 8mg/kg, inibiu a formação do edema em 42,30% e 38,46%, respectivamente. No teste da peritonite induzida pela Cg, a administração tanto intraperitoneal quanto oral da McLTP1 (8 mg/kg), promoveu inibição da migração total de leucócitos para a cavidade peritoneal, com redução na migração de 64,51 % e 61,29 %, respectivamente. Este é o primeiro relato do isolamento de um princípio ativo de natureza proteica dessa espécie, abrindo a perspectiva para o desenvolvimento de um biofármaco contra dor e inflamação, bem como para a sua utilização racional para fins terapêuticos.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Morinda citrifolia L., proteínas de sementes, LTPs, atividade antinociceptiva, atividade anti-inflamatória.</span></font></div> |