Qualidade de vida de enfermeiras e sua relação com o cuidado clinico de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Francisca Diana Mácia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75215
Resumo: A enfermagem tem como essência de sua atenção o cuidado humano; um cuidado que se preocupa com o outro, que busca promover a saúde e o conforto, prevenir doenças e satisfazer as necessidades das pessoas. Mesmo perante condições de trabalho precárias, os enfermeiros se desdobram para cuidar de seus pacientes, buscando proporcionar-lhes melhor qualidade de vida (QV), enquanto suas necessidades pessoais de descanso, lazer, aperfeiçoamento, dentre outras, muitas vezes se tornam secundárias. Então, o estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida (QV) de enfermeiras e sua relação com o cuidado clínico de enfermagem. Foi do tipo descritivo-exploratório realizado com 100 enfermeiras das unidades de terapia intensiva (UTI), clínica médica, centro cirúrgico (CC) e emergência de uma instituição pública de referência em atenção terciária na cidade de Fortaleza – CE. A coleta realizou-se no período de maio a setembro de 2012 por meio do questionário de avaliação da qualidade de vida da OMS (WHOQOL-bref) e mediante entrevista semiestruturada, da qual participaram 35 enfermeiras. Para comparação das médias, foram usados os testes de ANOVA e de Tukey. Para as análises de associação utilizaram-se os testes de 2 e de razão de verossimilhança. Foram consideradas como estatisticamente significativas as análises com p<0,005. As entrevistas foram examinadas por meio da análise de conteúdo de Bardin, com formação de categorias temáticas. As enfermeiras obtiveram médias de QV total e por domínios acima de 65,00. Encontraram-se associação estatística entre QV total, o tempo de graduação (p=0,068) e presença de filhos (p=0,017). O domínio físico esteve associado com o estado civil (p=0,009), o tempo de graduação (p=0,012), a idade (p=0,041) e a unidade de trabalho (p=0,022). Dentre as categorias formadas estão: “fatores que podem melhorar a QV”, expresso por “redução da carga horária” e “estabilidade financeira”; e a “QV influencia o cuidado clínico de enfermagem”, na qual as enfermeiras expressam que precisam estar bem para cuidar. As enfermeiras apresentaram boa QV, sendo que maior tempo de graduação e ter filhos influenciou favoravelmente para a QV. Embora as condições de trabalho não tenham mostrado associação estatística significativa com a QV, viu-se que elas a influenciam, evidenciada pelas respostas de redução da carga horária e estabilidade financeira como fatores principais para melhorar a QV. Isso mostra que as enfermeiras elegem os elementos importantes para sua QV em todas as dimensões, e o valor atribuído a esses elementos depende de suas vivências e experiências pessoais e do que cada uma considera essencial para ter uma vida melhor. Palavras chave: Qualidade de Vida. Enfermagem. Mulher.