FRUTALINA E A CONSTRUÇÃO DE INTERATOMAS NA PROSPECÇÃO DE BIOMARCADORES DA DOENÇA RENAL CRÔNICA AVANÇADA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CAVALCANTE, CÍCERO ANTONIO MAIA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82415
Resumo: RESUMO<br/>As doenças renais são um problema de saúde pública que atingem indivíduos em todo o mundo, ocasionando um alto custo socioeconômico. A ausência de métodos laboratoriais específicos para detecção precoce dessas enfermidades dificulta a reversão do quadro clínico do paciente, o que justifica o desenvolvimento de técnicas que auxiliem o seu diagnóstico precoce. Nesse sentido lectinas vegetais como a frutalina podem ser utilizadas com o objetivo de identificar e quantificar, por meio de cromatografias de afinidade em matriz de Sepharose-Frutalina, glicoproteínas plasmáticas relacionadas a lesões renais e ao risco cardiovascular associado, permitindo uma melhor compreensão das alterações proteômicas relacionadas a essas enfermidades. Assim, colunas de cromatografia de Frutalina-Sepharose 4B acopladas a um sistema automatizado de FPLC ÄKTApurifier 10 (GE Healthcare) foram utilizadas para fracionamento de Pools plasmáticos previamente depletados em relação a albumina e a imunoglobulina G (IgG) de pacientes com doença renal crônica avançada em tratamento dialítico (DRT) e de controles saudáveis (GC). Esse processo também foi realizado com amostras de Pools plasmáticos não depletados em relação a albumina e IgG.<br/>As frações obtidas foram submetidas à espectrometria de massas para identificação proteica. Nas amostras submetidas à depleção foram obtidas 212 proteínas ou fragmentos proteicos diferentes, dentre os quais as proteínas complemento C3, a proteína AMBP, a zinco alfa 2 glicoproteína, a Apolipoproteína A IV e a proteína plasmática transportadora de retinol foram selecionadas como possíveis marcadoras da função renal. Selecionou-se, também, as proteínas vitronectina, apolipoproteina A II, paraoxonase arylesterase sérica, apolipoproteína A IV, proteína plasmática transportadora de retinol e fetuina como possíveis marcadores para risco cardiovascular associado a DRT. Nas amostras não depletadas foram identificadas 169 proteínas ou fragmentos proteicos diferentes dentre essas as cadeias alfa, beta e gama do fibrinogênio, a fibronectina, o plasminogênio, o fator B do complemento, o componente C9 do complemento, a glicoproteína rica em histidina, a clusterina, o complemento C4 B, a apoliproteína E, o complemento C4 A, a apolipoproteína B incluindo o antígeno Ag X foram identificados e utilizadas para a construção de um painel proteico e de marcação da função renal. A FTL foi capaz de se ligar a proteínas plasmáticas cujas concentrações se encontravam alteradas nos DRT e GC, permitindo a identificação e quantificação de glicoproteínas plasmáticas na prospecção de biomarcadores de lesão renal e risco cardiovascular associado.<br/>Palavras-chave: Lectinas. Doença Renal Crônica. Artrocarpus incisa. Biomarcadores. Hemodiálise.