Prevalência de enterobactérias e perfil de resistência a antimicrobianos em psitacídeos oriundos do tráfico no estado do Ceará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pascoal Filho, Neilton Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111231
Resumo: O comércio de animais silvestres representa uma grande ameaça para a avifauna silvestre do Brasil. A Família Psittacidae destaca-se entre as aves mais traficadas, e isto se deve pela exuberância e cores vivas dos espécimes. No entanto, a manutenção dessas aves advindas do tráfico e mantidas em cativeiro sob péssimas condições sanitárias, possibilita a disseminação de microrganismos que podem causar doenças e apresentar resistência a antimicrobianos. Essa pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética para Uso de Animais da Universidade Estadual do Ceará sob nº 27062020/2020. Portanto, o objetivo desse trabalho é analisar a prevalência de enterobactérias potencialmente patogênicas, assim como determinar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos dos microrganismos isolados em psitacídeos oriundos do tráfico no Ceará, Brasil. Para tanto, foram coletadas 70 amostras, de suabe cloacal, em aves encaminhados por órgãos ambientais e recebidos pelo Laboratório de Estudos Ornitológicos (LABEO), Faculdade de Veterinária (FAVET-UECE), no período de agosto a novembro de 2022. As amostras foram processadas seguindo técnicas microbiológicas padrão para isolamento e identificação de enterobactérias, bem como para a realização de testes de sensibilidade antimicrobiana. Os resultados revelaram uma alta prevalência de enterobactérias nas amostras analisadas (98,6%). Entre as espécies identificadas, Escherichia coli foi a mais frequentemente isolada (42%), seguida por Proteus mirabilis (31,4%), Pantoea agglomerans (28,5%) e Klebsiella pneumoniae (21,4%). Além disso, foi observada uma relevante taxa de resistência antimicrobiana, com cepas apresentando resistência a múltiplas classes de antibióticos. O estudo revelou uma alta prevalência de enterobactérias, que são comumente encontradas na microbiota intestinal de psitacídeos do comércio ilegal no Ceará. No entanto, é importante ressaltar a presença de resistência a antibióticos, incluindo cepas multirresistentes.