Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Costa, Bruna Novaes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=102329
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Resumo: |
O produto natural Cromomicina A5 (CA5) tem se destacado como um promissor agente quimioterápico, pois possui efeito citotóxico comprovado sobre várias linhagens de células cancerígenas. No entanto, esses efeitos poderão se estender às células saudáveis, inclusive às células germinativas. Assim, a associação de quimioterápicos com substâncias com potencial antioxidante, como o ácido alfa-lipóico (ALA), pode minimizar os efeitos indesejáveis. Dessa forma, objetivamos verificar a dose letal média (DL50) de CA5 na maturação in vitro de oócitos bovinos e avaliar se o ALA é capaz de atenuar os efeitos tóxicos causados pela CA5. Para isso, no experimento 1, oócitos foram maturados in vitro na ausência (TCM-199+ - controle) ou presença de diferentes concentrações de CA5 (50 nM; 80 nM; 100 nM; 200 nM) para definir a concentração da DL50. Já no experimento 2, oócitos foram maturados na ausência (TCM-199+ - controle) ou na presença de 200 nM de CA5 (CA5200), 100 nM de doxorrubicina (DXR100), 100 µM de ALA (ALA100) ou na associação de 200 nM de CA5 e 100 µM de ALA (CA5+ALA). Após o período de maturação, os oócitos foram submetidos a análise da morfologia da cromatina e do envelope nuclear; níveis intracelulares de espécies reativas de oxigênio (EROs); potencial de membrana mitocondrial (PMM) e expressão das proteínas β-catenina e caderinas. Os dados do experimento 1 mostraram que a concentração de 200 nM de CA5 resultou nas menores taxas de oócitos em metáfase II (MII), comparado ao controle, sendo definida como DL50. No experimento 2, os tratamentos ALA e CA5+ALA apresentaram maiores taxas de MI comparados ao controle. Por outro lado, os tratamentos DXR, CA5 e CA5+ALA apresentaram menores taxas de MII do que o controle. Além disso, os tratamentos CA5 e CA5+ALA apresentaram taxas de MII inferiores aos oócitos expostos somente ao ALA. Resultados similares foram observados para a taxa de degeneração oocitária, tanto com relação ao ALA, quanto ao controle. Em relação aos níveis de EROs os tratamentos ALA e CA5+ALA foram inferiores ao controle. Além disso, os níveis de EROs no tratamento ALA foram inferiores aos observados na presença de DXR. O PMM foi menor no tratamento ALA do que no controle e DXR, não diferindo dos oócitos expostos à CA5 e CA5+ALA. Além disso, o PMM do tratamento DXR foi maior do que na presença apenas da CA5. Foi observada uma menor expressão para a β-catenina nos oócitos expostos à DXR, CA5 e CA5+ALA, comparados ao controle. A expressão das caderinas, foi inferior nos oócitos expostos à CA5+ALA, comparado ao controle e ALA. Além disso, foi observada correlação positiva na expressão de β-catenin e caderinas com taxa de MII. Por outro lado, a correlação entre a expressão de β-catenina e a taxa de degeneração oocitária foi negativa. Em conclusão, este estudo mostrou que a DL50 de CA5 para oócitos bovinos maturados in vitro é 200 nM e que embora a CA5 tenha causado toxicidade aos oócitos, o ALA revelou um grande potencial para atenuar esses efeitos. |