Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
SILVA FILHO, ARTUR HENRIQUE SOARES DA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=91263
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Resumo: |
Existem relatos no Nordeste brasileiro de que as flores do Ipê Roxo (Tabebuia impetiginosa <br/>(Mart. ex DC.) Standl), quando caem no chão, são utilizadas pelas cabras nativas como <br/>alimento e têm sido relacionadas à fertilidade, pois, logo após, os animais apresentam estro. <br/>Na tentativa de esclarecer cientificamente essa informação, o presente trabalho teve como <br/>objetivos isolar e caracterizar substâncias estrogênicas presentes no extrato etanólico das <br/>flores e avaliar a toxicidade aguda do extrato etanólico das flores de T. impetiginosa. Para <br/>tanto, flores frescas de T. impetiginosa foram coletadas, secas a sombra, na temperatura <br/>ambiente, e, em seguida, trituradas e submetidas à extração a frio com álcool 96% para o <br/>preparo do extrato etanólico (EE). O rendimento do EE foi de 8,53%. A composição <br/>fitoquímica do EE de T. impetiginosa foi determinada utilizando-se a metodologia descrita <br/>por Matos (1997). EE foi inicialmente submetido a uma coluna filtrante eluindo-se com os <br/>solventes hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol, para assim obter as respectivas <br/>frações. A fração clorofórmica (FC) foi recromatografada em coluna de sílica gel, utilizando-<br/>se como solventes hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol em misturas de polaridade <br/>crescente. As reações foram positivas para as classes de Esteróides e Saponinas. Na FC foram <br/>detectados fitoesteróides, como o β-sitosterol e outros ésteres hidroxilados e glicosilados. Para <br/>avaliação toxocológica do EE foram utilizados quatro grupos (n=11) de ratas Wistar. <br/>Protocolo experimental aprovado pelo CEUA-UECE sob nº 09656242. Os grupos 1, 2 e 3 <br/>receberam por via oral (gavage) EE nas concentrações de 200, 500 e 1000 mg/kg, diluidos em <br/>Tween 20 em salina 0,9%, respectivamente. O grupo 4, controle, recebeu, via gavage, uma <br/>solução de 0,5% de Tween 20 em salina 0,9%. Os animais receberam os tratamentos <br/>diariamente durante oito dias consecutivos. Os resultados foran analisados estatísticamente <br/>utilizando-se o programa SYSTAT-12. EE não foi capaz de induzir à morte nos animais e os <br/>parâmetros hematológicos, hematócrito, hemoglobina e plaquetas, não sofreram alterações <br/>significativas. Em nenhum grupo foi observada a parada de ganho de peso e nem perda de <br/>peso corporal, propriamente dita, como também não houve diferença entre os grupos testados <br/>e o controle quanto ao peso relativo dos órgãos, baço, fígado e rim, e nem quanto à avaliação <br/>macroscópica e histológica dos mesmos. Conclui-se que EE das flores de T. impetiginosa <br/>(Mart. ex DC.) Standl. apresenta diferentes tipos de esteróides, hidroxilados e glicosilados, <br/>detectados na fração clorofórmica, além de não ser tóxico na forma e nas concentrações <br/>empregadas em relação as variáveis estudadas. Estes dados demonstram que o mesmo pode <br/>ser utilizado em protocolos experimentais para avaliar seus efeitos biológicos. A presença de <br/>esteróides pode contribuir para a indução do estro em cabras nativas SRD, corroborando com <br/>os relatos populares. Em face desses resultados faz-se necessário uma avaliação <br/>farmacológica com protocolos in vivo, em cabras, dos fitoesteróides presentes na flor do Ipê <br/>Roxo. <br/><br/> <br/><br/>Palavras-chave: Tabebuia impetiginosa, Fitoestrógenos, β-sitosterol. <br/> |