Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Marques, Cristina Maria Do Vale |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109356
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objeto de estudo a prática da performance popular no contexto do fazer cidade na Praça do Ferreira. Os sujeitos da pesquisa usam o corpo para manifestar sua compreensão de si mesmos e do mundo, sendo analisados na perspectiva de uma socioantropologia visual do urbano. O objetivo está em aprofundar esta abordagem a fim de compreender o urbano a partir de suas rotinas de rua e dos sentidos que atravessam a atuação performática de quatro indivíduos em um local público. A performance popular situa-se no interstício das expressões sociais criativas, seja de sujeitos que se afirmam ou não como artistas, mas que se sentem comprometidos com a elaboração de interpretações próprias acerca da vida social e das redes de sociabilidades do lugar pesquisado. A base hipotética da pesquisa acha-se na relação entre o que fazem os performers populares e seus atos de resistência mais ou menos intencionais, ao instaurar usos e contra-usos do espaço urbano. Os fundamentos teóricos da pesquisa encontram-se na Etnografia de/na Rua (ECKERT e ROCHA, 2001), mas também na lógica interacionista de Georg Simmel (SIMMEL, 1983), na antropologia do corpo de David Le Breton (LE BRETON, 2007), nos estudos das representações de Erwing Goffman (GOFFMAN, 2009) e na antropologia visual de Marc Piault (2018), dentre outros. O pressuposto formulado por Michel Agier (2015), de que para fazer-cidade é preciso estar na rua, orientou as caminhadas no Centro, como um palmilhar o território da Praça e do seu entorno, propiciando a apreensão sensorial do campo investigado. A caminhada revelou-se uma experiência socioantropológica de estar no mundo, em movimento, conhecendo e escrevendo (INGOLD, 2021). Passar do lugar ao movimento, implica na elaboração de cartografias urbanas que interligam a Praça, os performers e a pesquisadora, na descoberta comum de estar vivo(s) para (e no) mundo (idem). O percurso metodológico abrangeu o uso de procedimentos sugeridos pelo campo, de modo processual, como a etnografia de/na rua, a observação participante, o questionário semiestruturado, as cartografias e o registro em foto e vídeo. A decupagem das imagens e roteirização do conteúdo imagético se efetivou como parte pormenorizada e autorreflexiva do processo metodológico da descrição etnográfica que, baseada na experimentação, fez emergir uma nova cidade. |