ISOLAMENTO, NANOENCAPSULAMENTO E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DO ÁCIDO ANACÁRDICO E CARDOL ISOLADOS DO LÍQUIDO DA CASCA DA CASTANHA DE CAJU (Anacardium Occidentale L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paiva Filho, João Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86227
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Ácido anacárdico (AA) e cardol (CD), constituintes fenólicos majoritários do líquido da casca da castanha de caju natural, apresentam interesse pelas várias aplicações e por suas atividades biológicas, antioxidante, antibacteriana, larvicida, leishmanicida e anticâncer, podendo esses constituintes serem encapsulados formando sistemas polissacarídicos de liberação controlada, com a finalidade de aumentar a biocompatibilidade, a estabilidade e a biodisponibilidade. O objetivo deste estudo foi isolar os constituintes majoritários do líquido da casca da castanha do caju natural (LCC), ácido anacárdico e cardol, encapsular os mesmos em nanoparticulas polissacarídicas a base de quitosana (CH), alginato (ALG) e goma arábica (GA), e posteriormente avaliar atividades biológicas para estes compostos. As atividades investigadas relacionam-se ao seu potencial para o tratamento da Doença de Alzheimer, testando as atividades antioxidante e inibidora da acetilcolineserase. A investigação da atividade antimicrobiana revelou a opção de uma nova possibilidade de antifúngico tópico para cepas de T. rubrum para o ácido anacárdico, que também teve a atividade despigmentante na pele de animais testada. Os dois constituintes ácido anacárdico (AA) e cardol foram isolados, e identificados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), e em seguida foi avaliada a atividade antioxidante utilizando o radical livre ABTS, obtendo-se os melhores resultados para o cardol livre com uma concentração inibitória média (CI50) de 3,98 ± 0,17 &#956;g/mL. Quanto a atividade de inibição da enzima acetilcolinesterase, o ácido anacárdico teve uma melhor ação com (CI50) de 2,98 ± 0,05 &#956;g/mL e o cardol uma (CI50) de 3,85 ± 0,09 &#956;g/mL, testes in silico realizados com a docagem dos compostos em uma molécula de AChE humana demosntrou valores de ligação em torno de -9,35 kcal/mol para o cardol e -7,96 kcal/mol para o ácido anacárdico com os principais aminoáciodos envolvidos na reação de hirólise da acetilcolina apresentado potencial relevante para o tratamento da Doença de Alzheimer. Quanto às nanoparticulas produzidas, houve um excelente rendimento no processo utilizado para a produção das NPs, apresentando redimentos médios de 89% e 74% NP CH-ALG com AA e CD, respectivamente. O potencial Zeta apresentou valores negativos, com cargas de -9,77 mV para o Cardol e -18,8 mV para o AA, evidenciando os grupos ácidos das carboxilas do ALG presentes no revestimento externo. A cinética de liberação in vitro revelou que as NPs apresentaram perfil de liberação controlado, porém variado para as substâncias</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">encapsuladas, sendo cerca de 30% para as NPs com AA, e 70% das NPs com cardol. Avaliando-se a atividade antimicrobiana, obteve-se um excelente resultado para o AA com MIC/MFC de 0,075/0,039 &#956;g/ml respectivamente, frente ao microorganismo T. rubrum, demonstrando ser um promissor agente terapêutico contra fungos dermatófitos. Este estudo deselvolveu ainda, análises promissoras quanto a atividade despigmentante do ácido anacárdico na pele de cobáias, gerando um depósito de patente referente a esses testes in vivo utilizando camundongos para avaliação dessa propriedade não explorada do AA. Avaliou-se ainda a toxicidade dos compostos com bioensio de toxicidade aguda para 96 horas em zebrefish (Danio rerio), onde os compostos demostranram segurança frente as concetrações avaliadas. Dessa forma, com os resultados apresentados neste trabalho espera-se uma maior valorização do LCC e de seus constituintes químicos por sua grande disponibilidade no Nordeste do Brasileiro, proveniente das indústrias de beneficiamento da cultura do caju, pelas várias atividades comprovadas como antioxidante, antimicrobiana, anticolinesterásica e despigmentante, esta última revelando uma nova vertente no uso destes materiais. Palavra-chave: Anacardium occidentale L. LCC. Cardol. Ácido anacárdico. Atividade antioxidante. Acetilcolinesterase. Nanoencapsulamento.</span></font></div>