Ação antimicrobiana de Anacardium occidentale L.: Potencial biotecnológico na geração de produtos anticárie

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Rubenice Amaral da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71512
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Anacardium occidentale L. (Anacardiaceae), espécie nativa do Brasil, é conhecida popularmente como cajueiro e muito utilizada como alimento e medicamento. O presente estudo teve como objetivos: organizar os dados publicados sobre as propriedades antimicrobianas de Anacardium occidentale, avaliar a ação antioxidante e antimicrobiana e investigar a composição química dos extratos das flores (EBFL), folhas (EBFO) e da casca do caule (EBC) de A. occidentale e avaliar a atividade antimicrobiana de um bioproduto obtido, visando sua utilização na profilaxia e tratamento auxiliar da cárie. A revisão considerou publicações de: Medline, Lilacs, Scielo, Chemical abstracts, PubMed, Biological Abstract, Web of Sciences e Highwire, entre 1980 e 2011, usando como descritores: Anacardium occidentale e as atividades antimicrobiana, antibacteriana, antifúngica e farmacológica e caju. A ação antioxidante foi determinada pelo ensaio de 2,2-difenil-picrilhidrazila (DPPH) e a antimicrobiana por difusão em agar, diluição em caldo e determinação da concentração bactericida (CBM) ou fungicida (CFM) mínima, utilizando cepas padrão de Streptococcus mutans, Lactobacillus acidophilus, Staphylococcus aureus e MRSA, Enterococcus faecalis, Streptococcus pyogenes, Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Helicobacter pylori, Candida albicans e amostras clínicas de Salmonella choleraesuis, Candida albicans e Candida tropicalis. A composição química foi determinada por colorimetria, cromatrografia e espectroscopia. Do extrato das flores (EBFL), o mais ativo, foram obtidas frações que foram avaliadas quanto à ação antimicrobiana. Em relação a revisão de literatura foram encontrados 44 artigos e 3 dissertações sobre propriedades antimicrobianas do cajueiro. A maioria dos estudos utilizou extratos da casca (30%) e Staphylococcus aureus, incluindo as cepas MRSA, foram os micro-organismos mais estudados (68%). Nos ensaios para determinar a atividade antioxidante todos os extratos apresentaram valores semelhantes a quercetina, utilizada como controle positivo. Os resultados dos protocolos experimentais mostraram que o EBFL apresentou ação antimicrobiana mais efetiva por inibir o crescimento de todos os micro-organismos testados, tanto em culturas planctônicas como no biofilme. A fração F1 e um bioproduto à base de EBFL também apresentaram potente ação antimicrobiana sendo tão efetivos sobre micro-organismos cariogênicos quanto à clorexidina. No EBFL foram identificados ácidos orgânicos, alcaloides, compostos fenólicos, taninos hidrolisáveis, flavonas, flavonóis, xantinas, esteroides e triterpenos. Concluímos que as propriedades antimicrobianas e antioxidantes das flores podem estar relacionadas à presença de flavonoides e/ou de compostos fenólicos tais como ácidos anacárdicos, cardol e cardanol. Importante ressaltar que este trabalho é o primeiro relato sobre de A. occidentale quanto ao uso profilático e terapêutico em doenças bucais, em especial, a cárie e a candidíase.&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavras-chave: Anacardium occidentale, Anticárie, Antimicrobiano, Caju, Antioxidante</span></div>