Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Ana Maria Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=100757
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Resumo: |
Objetivou-se apreender as representações sociais de enfermeiros obstetras sobre o cuidado de enfermagem à parturiente em maternidades públicas. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com o uso de multimétodos. A pesquisa foi realizada em Maternidades de gestão pública Municipal, Estadual e Federal, no município de Fortaleza/CE, de julho de 2019 a julho de 2020. Os participantes da pesquisa foram 46 enfermeiros (as), que realizavam assistência ao parto no centro obstétrico das maternidades vinculadas. Utilizou-se para coleta de dados o Teste de Associação Livre de Palavras com os estímulos indutores: cuidado de enfermagem à parturiente, assistência ao parto, rede cegonha e Enfermagem Obstétrica. Após a aplicação do teste, as palavras evocadas foram transcritas na íntegra para um banco de dados e posteriormente foi elaborado um dicionário com todas as palavras evocadas correspondentes aos respectivos estímulos para processamento através do software Tri Deux-Mots versão 5.3. As obtidas através da entrevista semiestruturada foram processadas pelo software IRAMUTEQ. Dentre as 46 participantes, 43 eram do sexo feminino, apresentavam idade entre 24 a 35 anos, representado por 37 participantes. 30 participantes se declararam parda, 12 branca e 04 negro ou mulata. Quanto à religião, 29 eram católicas, seguido por 09 protestante e 08 referiram ter outras religiões. Quanto ao estado civil, 24 eram casadas, 17 solteiras e cinco (05) em união estável. Das entrevistadas, 21 não tinham filhos e 20 enfermeiros tinham de 1 a 2 filhos, cinco tinham três ou mais filhos. No que se refere ao tempo de formação, 33 tinha mais de 5 anos de formada. O maior número de entrevistados tem mais de 5 anos de formação. 37 dos Enfermeiros eram especialistas, seguidos de sete mestres e dois doutores. Dos enfermeiros, 45 realizaram cursos voltados para humanização do parto. Quanto ao tempo de atuação como Enfermeira (o) obstetra, 16 tinham 7 anos ou mais atuando como Enfermeira obstetra, 11 que atuavam apenas de 1 a 2 anos, seguido de 10 enfermeiros que atuavam de 3 à 4 anos. O conteúdo das evocações sobre o cuidado de Enfermagem reforça as representações sociais que o cuidado é visto sob uma ótica afetiva, se ancorando também nos cuidados relacionados à assistência. Os Enfermeiros associaram o estímulo assistência ao parto, às palavras como, paciência, amor e apoio e reconheceram a importância de dedicar-se, de ter conhecimento para fortalecer as ações de cuidado. Após a Classificação Hierárquica Descendente, pelo software IRAMUTEQ, do corpus dos profissionais emergiram cinco classes temáticas. Os resultados evidenciaram que a Rede Cegonha foi uma importante estratégia no processo de inserção das enfermeiras obstétricas nos hospitais habilitados, estando em concordância com as recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde, porém, ainda não é capaz de mudar cenários de assistência ao parto. Os Enfermeiros (as) Obstetras travam lutas diárias em busca de espaço e reconhecimento. O processo de inserção dos Enfermeiros foi vivenciado por dificuldades como: carência de profissionais especializados; ausência de espaço para atuação e autonomia; aspectos político-partidários influenciando na gestão institucional; conflito de atuação com os médicos obstetras. Palavras-chave: Políticas Públicas de Saúde. Enfermagem Obstétrica. Serviços de Saúde Materno-Infantil. |