Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Lara Abreu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75350
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Resumo: |
É durante a formação profissional básica, realizada nas Academias de Polícia e Centros de Formação que a identidade do profissional policial é construída. O objetivo desse estudo é compreender como a proposta de formação desenvolvida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), a partir do ano 2000, doravante denominada por nova educação, vem sendo aplicada nos currículos estaduais dos cursos de formação. Um objetivo mais específico, subjacente a este, é o de compreender como essa nova educação foi transmitida durante a formação dos soldados do programa de policiamento comunitário do Estado do Ceará: o Ronda do Quarteirão. Desse modo, toma-se como objeto de análise o Curso de Formação Profissional (CFP) de soldados de fileiras da Polícia Militar do Ceará (PMCE) para o Programa Ronda do Quarteirão, no período de 2007 a 2010, o que equivale a três Cursos de Formação: o primeiro ocorrido em 2007, o segundo entre 2008 e 2009 e o terceiro em 2010. Realiza-se um estudo a partir da documentação relativa aos currículos dos cursos de formação profissional básica em análise, como editais de seleção, regulamentos de ensino, grades curriculares, ementas e apostilas. Além disso, através das técnicas de entrevista e Grupo Focal, é possível fazer uma análise compreensiva dos discursos oficiais das experiências e práticas profissionais que subsidiaram a formação dos policiais do Programa Ronda do Quarteirão, percebendo neles como se dá a comunicação entre a aprendizagem formal e a informal, entre o currículo oficial e o currículo oculto. O estudo revela haver uma preocupação formal dos organizadores dos Cursos de Formação Profissional em unir o ensino das técnicas e culturas militares aos fundamentos teóricos mais humanísticos, que permitissem uma atuação policial de proximidade com a comunidade. Entretanto, constata-se a realização de um ensino fragmentado, com fragilidades no campo da interdisciplinaridade e que pode ser reprodutor de práticas pouco afeitas às preocupações éticas, sociais e comunitárias, o que revela os limites impostos às novas práticas voltadas à polícia militar e como elas podem contribuir para a reprodução das velhas práticas abusivas e desrespeito aos direitos humanos. Percebe-se, ainda, a presença da cultura institucional da Polícia Militar através de um currículo-oculto que funciona como um contra-currículo, o qual, através das tensões criadas, acaba por minar a tentativa de mudança proposta pelo currículo oficial. Palavras-chave: Formação Policial. Currículos. Ronda do Quarteirão. |