Sistema de cultivo in vitro para fragmentos de testículos frescos ou descongelados de cordeiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Llacho, Carmen Patricia Huayhua
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=115378
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do sistema de cultivo in vitro (CIV) de fragmentos de testículos frescos ou após congelados/descongelados de ovinos pré-púberes. Foram utilizados 48 fragmentos de 5 mm³ obtidos de cinco pares de testículos e distribuídos aleatoriamente em dois experimentos (Exp): No Exp 1, 12 fragmentos frescos intactos (FIF) foram fixados ou cultivados (CFIF). Outros 12 foram dispersos com agulhas, fixados (FDF) ou cultivados (CFDF). No Exp 2, imediatamente após congelação/descongelação, os fragmentos intactos ou dispersos também foram fixados (FTIF e FTDF, respectivamente) ou cultivados (CFTIF e CFTDF, respectivamente). Para o CIV, os fragmentos foram apoiados sobre gel de agarose 1,5%, a 34 °C e 6% de CO2 por 2, 6 ou 10 dias, em seguida foram fixados para análise morfológica, morfometria, presença de fibras de colágeno, proliferação celular (PCNA) e presença de células germinativas (DDX4) dos túbulos seminíferos (TS) das áreas central (AC) e periférica (AP) dos fragmentos de testículo. No Exp 1, verificou-se que os TS da AC, o CFDF exibiu menos (p<0,05) alterações morfológicas do que o CFIF nos diferentes tempos de CIV. Quanto à morfometria, na AP, os TS dos tratamentos CFIF e CFDF apresentaram aumento (p<0,05) do diâmetro comparados aos TS dos tratamentos FIF e FDF, respectivamente. Após o CIV, os TS da AP nos tratamentos FDF e CFDF apresentaram percentagem similar de fibras de colágeno. Por outro lado, a percentagem de fibras de colágeno dos TS na AP dos tratamentos CFIF e CFDF foi menor (p<0.05) do que na AC. Após CIV, na AP, os TS dos tratamentos CFIF e CFDF apresentaram maior (p<0,05) marcação do que na AC. Na AP, o percentual de células marcadas para o DDX4 também foi superior (p<0.05) à AC, antes (FIF e FDF) e após CIV (CFIF e CFDF). No experimento 2, observou-se nos TS da AC menos (p<0.05) alterações nucleares e parenquimais no tratamento CFTDF do que no CFTIF nos dias 6 e 10 de CIV. O diâmetro dos TS da AC nos tratamentos CFTIF e CFTDF foi menor (p<0,05) do que os TS da AP. Na AP, a porcentagem de fibras de colágeno dos tratamentos CFTIF e CFTDF foi similar a dos tratamentos FTIF e FTDF, respectivamente. Na AP, a intensidade de marcação para o PCNA foi similar entre os TS do tratamento CFTDF e FTDF. Já o percentual de células imunomarcadas para o DDX4, reduziu (p<0.05) nos TS nas áreas periférica e central de todos os tratamentos, após o CIV. Assim concluímos, que fragmentos dispersos são recomendados para o CIV de fragmentos testiculares, frescos ou após congelação/descongelação. No entanto, fatores como o aumento de colágeno, bem como a redução da proliferação e células germinativas nos TS da área central necessitam ser controlados para garantir adequada retomada da função testicular in vitro após criopreservação. Palavras-chave: criopreservação, gônada masculina, túbulos seminíferos, função testicular, cordeiro