Jovens mulheres camponesas egressas da escola do campo do Ceará e as práticas agroecológicas nos quintais produtivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Patricia Neto, Patricia Neto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=112456
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo compreender como o processo formativo em uma escola do campo, que se fundamenta no trabalho como princípio educativo, reflete nas práticas agroecológicas desenvolvidas nos quintais produtivos e na construção do sentimento de pertença nas jovens mulheres camponesas. No que se refere aos objetivos específicos, propõe-se a: caracterizar o perfil das jovens egressas das áreas de assentamento da reforma agrária; analisar como são as relações de gênero e a cultura patriarcal no campo; entender o trabalho como princípio educativo nas escolas do campo e a contribuição deste para as jovens mulheres; e identificar se o desenvolvimento de práticas agroecológicas nos quintais produtivos refletem na construção do sentimento de pertencimento nas jovens mulheres do campo. Os sujeitos de pesquisa são as jovens egressas da EEM Maria Nazaré de Sousa, Assentamento Maceió, em Itapipoca, no Ceará. Este estudo leva em conta os processos metodológicos de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, tendo como método de pesquisa e análise, a Epistemologia Feminista. Como estratégia para a coleta de dados, foi utilizada pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, com a observação, a entrevista semiestruturada com egressas da escola delimitada e visita aos quintais produtivos. Entre os resultados da pesquisa identificamos a função social da escola do campo na perspectiva de promover uma educação sob o olhar da formação humana e dos processos produtivos agroecológicos, tendo como eixo estruturante, o trabalho como princípio educativo. Apontamos também as jovens mulheres do campo como sujeitos imprescindíveis para a geração de renda e para a permanência das juventudes no campo. Em vista disso, as jovens do campo são símbolos de resistência diante dos desafios de serem mulheres que precisam lutar pelo reconhecimento do trabalho realizado por elas, sendo atuantes e presentes nos processos produtivos e organizativos nas comunidades.