Formação cultural no ensino superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Amorim, Jamira Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85153
Resumo: <div style="">Este trabalho dissertativo traz a lume a discussão acerca da Formação cultural docente no Ensino Superior. Trata-se de um estudo de tipo etnográfico que objetivou centralmente discutir gostos e práticas culturais, entendendo-as como uma dimensão tangível da formação cultural dos indivíduos e buscando estabelecer mediações com a atividade docente. Foram investigadas quatro professoras doutoras da área de Ciências Humanas. Por meio de observação participante, entrevista e aplicação de questionário, foi realizado o mapeamento das práticas culturais das docentes. As atividades culturais ganham bastante relevo na sociedade contemporânea, vez que novos formatos de colonização cultural se apresentam, de maneiras mais eficazes e duradouras. Essa colonização apresenta-se em diversas dimensões da vida dos indivíduos, desde a programação televisiva aos espaços de lazer. Nesse sentido, rastrear as práticas culturais das quatro docentes aqui investigadas permitiu muito mais que situá-las simplesmente em seu contexto de trabalho. Partimos do pressuposto de que quanto maior a escolarização maior a formação cultural. Todavia, infere explicar que a posse do diploma não é o suficiente para indicar uma formação ou um determinado nível cultural, mas se sabe que, quanto mais se sobe na hierarquia social, mais há uma probabilidade de pertencimento a um meio culto. Elegeu-se, para tanto a família e a escola como as duas instituições socialmente legitimadas para formação dos indivíduos, capazes de formularem competências culturais, dotadas de potencial para a constituição de um habitus e um capital cultural. O conceito de indústria cultural mostrou-se atual quando se analisou preferências musicais e literárias. Contudo, necessário se faz ressalvar que o consumo da produção dos bens simbólicos não se dá de maneira passiva, pois o receptor é também um sujeito produtor de sentidos. Há um processo de mediações que não pode ser negado, ou negligenciado. O estudo permitiu traçar em linhas gerais algumas reflexões voltadas para a formação cultural e suas múltiplas articulações, dentre as quais a escola aparece como instituição cultural da civilização, repleta de sistemas simbólicos e também dimensionada para o controle e a ordem. O mapeamento das práticas culturais das quatro docentes doutoras revelou origem familiar, preferências literárias e musicais, preferências televisivas, frequência em museus, cinemas e teatros, bem como a leitura de jornais e revistas. Dentre as práticas de lazer, as docentes mostram frequência em praias, cafeterias, festas e viagens. O estudo evidenciou que há uma relação entre origem familiar, renda, nível de instrução e profissão, visto que as práticas culturais se dão a partir de condições de classe. As professoras mostraram frequência regular em todos os espaços tidos como legítimos da cultura. A frequência em museus mostrou-se associada à viagens, sendo o exercício profissional, por meio do espaço acadêmico, propiciador de novas experiências. A leitura aparece como um habitus, uma disposição adquirida num processo duradouro de formação. As práticas averiguadas, embora tenham se tratado de um número pequeno, mostraram-se dissonantes.&nbsp;</div><div style="">Palavras-chave: Cultura. Docência. Ensino Superior. Formação.&nbsp;</div>