Do ser ao dever ser: sobre a fundamentação da ética da responsabilidade em Hans Jonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Melo, Marco César de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109873
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A presente dissertação trata da relação entre ontologia e a ética da responsabilidade no pensamento do filósofo alemão Hans Jonas. A hipótese é a de que o referido autor delimita a fundamentação de sua proposta ética em uma interpretação do ser, isto é, em uma ontologia. Em O Princípio Responsabilidade, Jonas expõe uma ética para a civilização contemporânea, civilização esta, segundo o autor, marcada pela preponderância do tecnicismo. Para ele, a técnica moderna alcançou um nível consideravelmente elevado de abrangência sobre todas as instâncias da existência humana e, por isso, suas implicações para o campo da sociabilidade não podem passar despercebidas pela reflexão ética. Com o avanço da técnica o ser humano atingiu um alto poder de ingerência na ordem natural de tal maneira que os meios tecnológicos que podem favorecer a vida são os mesmos causadores de sua destruição. Essa ambivalência da técnica demonstra que falta ao homem um estatuto que oriente o uso deste poder tecnológico. Para o filósofo alemão, a categoria ética que se aplica adequadamente ao desafio técnico/ético contemporâneo é a responsabilidade, que deve assegurar uma vida plena. A vida é o foco do exercício da responsabilidade não somente pelo risco de eliminação que corre ante o potencial destrutivo da técnica, mas, sobretudo, porque a vida é o fim último do ser. Na obra O Princípio Vida, Jonas procura demonstrar que há uma interioridade que move o ser e que este possui finalidade e valor. O fim do ser, por sua vez, é a constante reafirmação da vida, observado no movimento básico de todo ser vivo. A ação técnica do homem não pode colocar em risco a finalidade do ser, mas, ao contrário, cabe ao ser humano responsabilizar-se para que a vida continue sendo. Em outras palavras, o ser humano deve assumir para si o fim do ser. Nosso trabalho consiste, em primeiro lugar, na análise da reflexão jonasiana sobre a problemática da técnica e da ética da responsabilidade; em segundo lugar, compreenderemos a ontologia de Jonas e, por fim, como ela se relaciona com a ética no sentido de fundamentá-la.</span></font>