“A LEI DA MEGALÓPOLE” PARA A CRONISTA NA DITADURA MILITAR: ASPECTOS DA MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA NA ESCRITA DE RACHEL DE QUEIROZ (1964 – 1984).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MOITA, LIA MIRELLY TÁVORA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84817
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O governo militar, no Brasil, possibilitou um processo denominado modernização conservadora, que gerou ações que pareciam contraditórias, produzindo, ao mesmo tempo, impulsos conservadores e modernizadores. Essas ações não eram excludentes e sim complementares, já que o desejo modernizador implicava em um desenvolvimento econômico e tecnológico, gerando a expansão industrial, urbanização e mecanização do campo, transformações na máquina do Estado e o incentivo às atividades empresariais. Já o impulso conservador estava ligado à vontade de preservar a ordem social e os valores tradicionais, além de promover a integração da sociedade brasileira. Dessa forma, à luz desse contexto histórico, esta dissertação pretende analisar as crônicas de Rachel de Queiroz, publicadas na seção Última Página da revista O Cruzeiro, entre os anos de 1964 e 1975, e as do jornal O Povo, no segmento de política, entre os anos de 1977 e 1984. Esses textos também traziam algumas características que aparentavam ser paradoxais, uma vez que podemos observar o alinhamento da escritora com as ideias dos generais chefes do Executivo no país, como também podemos observar seu incômodo com os frutos da modernização conservadora. Ou seja, ora estava afinada com as transformações estruturais, econômicas e educacionais de cunho liberais, com a vertente conservadora, que desejava mais do que apenas o expurgo da esquerda revolucionária e da corrupção da nação; ora se mostrava enfadada com os frutos da modernização conservadora, com a excessiva mecanização, com os grandes prédios de concreto erguidos, com os muros que tornavam a vida cotidiana cada vez mais impessoal e rápida, nas grandes cidades, alterando costumes e comportamentos de jovens e mulheres. Desta forma, o objetivo dessa pesquisa é compreender como a cronista viu, sentiu e experimentou as mudanças nos equipamentos urbanos, nas inovações tecnológicas e científicas, que se efetivavam nas cidades do país e como esta escritora, fenômeno literário dos anos 1930 e 1940, teve sua obra sombreada durante a ditadura militar por causa de suas relações de adesão com o governo militar e de suas declarações polêmicas. Obviamente, sem deixar de considerá-la um sujeito múltiplo cuja trajetória foi marcada por um percurso que se alterou ao longo do tempo.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Rachel de Queiroz. Ditadura Militar. Modernização Conservadora. Crônicas.</span></font></div>