CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DE FRUTOS DA AGROBIODIVERSIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SOARES, RAFAELA DE LIMA GOMES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97841
Resumo: RESUMO<br/>Dada a importancia do consumo de espécies subutilizadas e esquecidas no Nordeste brasileiro e à falta de dados de composição nutricional confiáveis, o presente estudo, uma das ações do projeto Biodiversidade para Alimentação e Nutrição (BFN - Biodiversity for Food and Nutrition), visa estimular o consumo e uso da agrobiodiversidade nordestina para contribuição nutricional na população. Assim, o objetivo desta pesquisa foi identificar características físico-químicas, composição centesimal e perfil de ácidos graxos dos frutos Anacardium spp (cajuí), Byrsonima crassifolia (L.) Kunth. (murici), Caryocar coriaceum Wittm. (pequi), Eugenia uniflora L. (pitanga), Genipa americana L. (jenipapo), Hancornia speciosa Gomes (mangaba), Platonia insignis Mart. (bacuri), Psidium sobralianum Landrum & Proença (araçá), Spondias mombin L. var. mombin (cajá), Spondias tuberosa Arruda (umbu) e Spondias bahienis P. Carvalho, Van den M. Machado (umbu-cajá), todos da agrobiodiversidade do Nordeste brasileiro. As análises de pH, acidez titulável, sólidos solúveis, umidade, cinzas, proteínas, lipídios e perfil de ácidos graxos foram realizadas. A maioria dos frutos apresentou caráter ácido, alto teor de umidade, baixas quantidades de cinzas e baixos conteúdos proteicos, lipídicos e energéticos. O pequi se destacou das espécies analisadas pelo maior conteúdo proteico (2,76%), lipídico (13,6 %), de carboidratos (28,71%), pelos valores de acidez titulável (2,75g ácido cítrico/100g) e pH (5,19). Jenipapos com casca e sem casca também se diferenciaram dos demais frutos pela maior composição de cinzas (1,26-1,38%), sólidos solúveis (20,29-21,17 ºBrix) e carboidratos (22,55-23,66%). No total, 14 ácidos graxos foram detectados, quantificados e caracterizados como ácidos graxos saturados (AGS), ácidos graxos monoinsaturados (AGM) e ácidos graxos poliinsaturados (AGPI). As concentrações de ácidos graxos totais (AGT) ficaram no intervalo entre 1,92 e 1293,21 mg/100g, com maior prevalência dos AGS e AGM. As análises físico-química e nutricional dos onze frutos mostraram predominância de características ácidas e de grande umidade, bem como baixos teores de proteína, energia e lipídios (predomínio de AGS e AGM). Pequi e jenipapo se diferenciaram dos demais frutos, principalmente quanto aos macronutrientes investigados. Os dados da pesquisa poderão auxiliar na escolha por uma alimentação mais saudável para população local e proporcionar a utilização e valorização destes frutos pela indústria de alimentos e pelo mercado gastronômico, melhorando impactos socioeconômicos, nutricionais e culturais na região Nordeste do Brasil.<br/>Palavras-chave: Frutos tropicais. Biodiversidade. Análise de alimentos. Ácidos graxos.