A escola e a formação do estudante negro: o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Maia, Maria Edleuza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84970
Resumo: Este trabalho tem como objetivo identificar como a história e a cultura africana e afro-brasileira permeiam o espaço escolar e mediam processos de formação identitária do estudante negro. A pesquisa foi realizada com professores e alunos de uma escola pública estadual de ensino médio, do município de Limoeiro do Norte, Ceará, utilizando-se de recursos metodológicos como enquetes, histórias de vida e entrevistas, privilegiando as memórias e autobiografias dos que se reconhecem ou são reconhecidos como negros. Foram utilizadas também fontes bibliográficas que discorrem sobre o ensino de história e a situação dos afro-brasileiros, hoje; África em sala de aula e a função social da escola. Os estudos confirmam que a instituição escolar é importante na formação identitária dos estudantes, seja para afirmar e/ou negar identidades atribuídas, seja para adquirir outras. Os depoimentos revelam que há uma ausência de referenciais afirmativos dos negros na História da África veiculada na escola e na sociedade brasileira, e isso afeta o desempenho escolar e a identificação destes com essa história. Ainda persistem na escola comportamentos que desqualificam a estética e religiosidade negras. Há uma naturalização da desigualdade e o não reconhecimento do preconceito, inclusive, por parte dos negros. Isto contribui para elevar o descrédito dos negros em sua capacidade intelectual, influenciando no desempenho escolar. A implementação da Lei 10.639/03 demanda inúmeras ações e desafios junto à escola, aos educadores e estudantes negros. Cabe ao Estado brasileiro continuar gestando ações afirmativas e políticas antirracistas na sociedade e instituições de ensino que garantam mudanças estruturais na realidade socioeconômica de forma a enfrentar o racismo estrutural, institucional e cotidiano vivenciado por pessoas negras. Os movimentos sociais e o movimento negro em particular podem contribuir na mobilização e sensibilização desta questão.<br/>Palavras-chave: Educação. Escola. Afrodescendente.