Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Halla, Maria Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70619
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Resumo: |
Cerca de 170 milhões de pessoas no mundo apresentam infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV), com risco de progressão da lesão hepática, podendo vir a desenvolver cirrose e carcinoma hepatocelular. Fatores relacionados às características genéticas e imunológicas do hospedeiro têm mostrado importância para uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na eliminação do HCV, assim como a formação de fibrose hepática e a resposta ao tratamento da hepatite C. A lectina ligadora de manose (MBL) é uma importante proteína da imunidade inata envolvida no reconhecimento de vários microorganismos. Enquanto a MBL tem uma função crítica na proteção contra patógenos, a interleucina 10 (IL-10), uma citocina imunomodulatória, interfere na atividade de muitas células do sistema imune, influenciando desta forma, o processo de infecção pelo HCV. No primeiro estudo foi analisada a associação do polimorfismo no éxon 1 e na região promotora do gene MBL2 com a susceptibilidade à infecção pelo HCV e o grau de fibrose hepática. O estudo foi realizado em 186 portadores de HCV crônica, dos quais 157 tiveram a biopsia hepática, e em 232 indivíduos saudáveis. A frequência dos genótipos relacionados com a baixa produção de MBL foi mais alta em pacientes que em controles (pc= 0,0001, OR=3,52, IC=1,86-6,71). A frequência do haplótipo variante, HYO, que determina baixos níveis de MBL, foi mais elevada em pacientes com estágio de fibrose F4 (10,7%, n=6) que em pacientes com estágio de fibrose leve/moderado F1/F2 (3,4%, n=7) quando comparados com o haplótipo HYA (pc= 0,04, RO=5,25, IC=1,11- 23,62), determinante de altos níveis de MBL. Os alelos variantes do gene MBL2 que expressam baixos níveis de MBL estão associados com a susceptibilidade à infecção pelo HCV, e a herança do haplótipo HYO poderia estar associada com a gravidade da fibrose. O segundo estudo avaliou os níveis séricos de MBL e IL-10 em 23 pacientes com HCV crônica antes e após o tratamento com interferon-α peguilado e ribavirina, e em 31 indivíduos saudáveis. Os níveis séricos de IL-10 dos pacientes antes e pós-tratamento foram significantemente maiores (P<0,001 e P<0,007, respectivamente) que os controles, enquanto que os níveis séricos de MBL não diferiram entre pacientes antes e após o tratamento e os controles. Os pacientes com genótipo AA respondedores ao tratamento apresentaram um maior declínio dos níveis de IL-10 quando comparados com aqueles com genótipo AA não respondedores, porém não ocorreu declínio significante dos níveis de IL-10 nos pacientes com genótipos AO respondedores ou não respondedores. Os resultados desta análise sugerem que os altos níveis de IL-10 estão associados com a infecção pelo HCV, mas não com a resposta ao tratamento. Embora não tenha sido encontrada associação com os níveis de MBL, pacientes com genótipo AA que apresentaram diminuição da IL-10 ≥1,2 pg/mL responderam ao tratamento. Isto sugere que o genótipo AA juntamente com a diminuição dos níveis de IL-10 pode estar relacionado com uma boa resposta ao tratamento naqueles pacientes Palavras-chave: Hepatite C, lectina ligadora de manose, interleucina-10, polimorfismo |